"The jungle book", de John Favreau (2016).
O cineasta americano John Favreau é mesmo eclético: Realizou comédia ("Chefe"), seriados de Tevê e foi o responsável pela franquia "O homem de ferro". Agora, ele se associa à Disney e recria uma nova releitura do desenho clássico de 1967. Somente o menino Neel Sethi é ator no filme. E mais: todos os cenários, acreditem, foram reproduzidos em computação gráfica.
É algo impressionante.
O talento desse menino é de saltar os olhos, e fico imaginando como é para um menino de 10 anos fazer um longa inteiro contracenando com croma verde.
Baseado no livro "O livro da seva", o filme narra a história de Mogli, o menino encontrado bebê perdido na selva por uma pantera negra, Bagherra ( Voz de Ben Kingsley) e entregue a uma alcatéia de lobos. Lupita Nyong'o dá voz a Raksha, a mãe lobo, e Idris Elba dá voz a Shira Khan, um tigre vilanesco que quer matar Mogli. O urso Balu tem a voz de Bill Murray e ainda canta a famosa música "Somente o necessário", para alegria dos nostálgicos.
Favreau pegou muitas referências cinematográficas para elaborar o filme. Inclusive na cena do Orangotango Rei, que tem a voz de Cristopher Walken, ele pegou a cena de Marlon Brando em 'Apocalipse now". É incrível a atmosfera que ele dá.
O filme se apoia mais na violência do livro, uma vez que na versão do desenho tudo era bem velado. E aposta em escuro para dar uma atmosfera mais tenebrosa e assustadora. Inclusive, é impossível não se lembrar de "O rei leão", pelo menos em duas cenas: o estouro da manada e a morte de um personagem, além da própria presença de Shira Kan, muito semelhante a Jaffar.
Hsu Chien é cineasta, vive no Rio. Mantém o blog Diário de um Cinéfilo.
Para conhecer o trabalho de Hsu Chien no cinema e na TV, acesse seu perfil no IMDb.
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: Trailer legendado de The Jungle Book
: Clip de 32min, sem legendas, sobre bastidores e efeitos especiais de The Jungle Book