Àqueles que não basta reconhecer o constrangimento no rosto de Levi Melo, achem alguém próximo ao médico que concorde com a decisão de ser vice de Anabel Lorenzi (PSB).
Publicaremos: erramos!
Comece pela maçonaria, onde a candidatura própria de Levi nas eleições anuladas foi aceita como o sonho realizável de um irmão, mesmo que atrapalhasse outro, Marco Alba (PMDB).
Agora, ser o vice de Anabel, só provoca telefonemas e whatsapps de reprovação, desde a revelação feita pelo Seguinte: na manhã de ontem e confirmada na reunião da tarde, onde no salão de festas de sua clínica Millenarium ele era o único a não dar um sorriso – nem nas fotos, que não curtiu em lugar algum.
LEIA TAMBÉM
Anabel e Levi, entre a euforia e o pragmatismo
TSE decide por nova eleição para Prefeitura
Nessas últimas horas, Levi praticamente se desculpou com muitos amigos e apoiadores pela “decisão do partido”.
É difícil achar convergências entre Anabel e Levi para além dos signos de fogo, Sagitário e Áries, a vontade de chegar à Prefeitura ou o pertencimento ao governo Sartori.
O notório histórico dos dois, ou uma corrida na timeline do facebook, revelam.
Anabel fala golpe, Levi pintou o rosto de verde e amarelo. O que ela acha de Fidel, ele abomina. A defesa de Levi das privatizações, Anabel não pode ouvir falar. Aborte das concordâncias polêmicas feministas e de gênero. Um botaria o outro de castigo em um debate sobre o projeto escola sem partido. São de vertentes econômicas antagônicas. Ela mede o tamanho do estado em polegadas, ele em centímetros. Etc. etc.
Aplaudindo ou virando a cara, os dirigentes partidários mais próximos a eles sentariam uns na ponta mais esquerda da mesa, outros na extrema direita.
Em seus relacionamentos da vida real, Anabel tem como companheiro Fabiano Hanauer, professor que nos anos 90 dava aula em Morungava vestido em uma camisa com uma estrela enorme no peito. Levi é casado com a médica Jucelei, que já ilustrou a foto do perfil do facebook com o pixuleco do Lula.
Quem acha que hoje ideologia não importa, experimente servi-la em um almoço de domingo entre amigos. Ou faça o teste: misture as famílias para assistir, comentando, ao Jornal Nacional.
Impossível à nossa política não seria vivermos um novo ‘Napoleão’ – o ministro aquele que votou por Daniel Bordignon no TSE e, sete horas depois, suspendeu os direitos políticos do ex-prefeito, impedindo-o até de votar na esposa Rosane nas novas eleições.
Enfim, até a convenção não poderia Levi entender que tem mais obrigação com sua consciência do que com o pragmatismo da política e suas alianças transgênicas?
LEIA TAMBÉM