Siga nota sobre o ‘pedágio do Marchezan’, divulgada pela Granpal, a associação dos municípios da região metropolitana, e, ao fim, comento.
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Em reunião na Prefeitura de Porto Alegre, o presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Granpal), Miki Breier, reafirmou a contrariedade em relação à cobrança de pedágio para veículos de fora da Capital. Acompanhado por prefeitos, Miki externou a necessidade de um profundo debate sobre o tema.
– A cobrança altera toda a relação entre os municípios da Região Metropolitana. Imaginem se muitas das cidades passem a utilizar o princípio de reciprocidade e comecem a cobrar igualmente uma tarifa para carros que venham de Porto Alegre – apontou o presidente da Granpal e prefeito de Cachoeirinha.
No entanto, Miki Breier relatou há consenso dentro da Granpal sobre outros projetos apresentados pela Prefeitura de Porto Alegre, como a revisão de gratuidades, a unificação da tarifa e a isenção de ICMS do diesel para o transporte coletivo.
– O trabalhador humilde, que vem da Região Metropolitana com o seu carro popular, não pode ser mais tarifado – avaliou.
Por sua vez, o prefeito da Capital, Nelson Marchezan, apresentou os principais fatores que influenciam no custo da passagem e os projetos protocolados pelo Executivo municipal sobre o transporte urbano. Ao final da reunião, Miki Breier reforçou que o tema do transporte metropolitano é complexo, destacando que a Granpal aprofundará a discussão para propor alternativas em comum.
Também participaram os prefeitos de Canoas, Luiz Carlos Busato, e de Esteio, Leonardo Pascoal; e os vice-prefeitos de Charqueadas, Edilon Lopes, e de Sapucaia do Sul, Arlenio da Silva. Ainda estiveram presentes o superintendente da Metroplan, Rodrigo Schnitzer, e representantes de órgãos de controle e outras entidades.
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Analiso.
Essa história de ‘aprofundar debate’ é ‘jogar na conta do Nereu’, não o deputado federal com ligações com Cachoeirinha Nereu Crispim, o inimigo número 1 do ‘véio da Havan’, mas aquele da anedota, o que ‘não pagou, nem eu’.
Quando políticos criam ‘grupos de trabalho’ para tratar de algo, pode programar seu celular para despertar daqui a seis meses.
Tratei do ‘pedágio’ no artigo Precisamos falar sobre o ’pedágio’ de Marchezan; vereadores, parem de caçar cliques!. Não considero uma ideia maluca. Não só por ser 'socialista', como Rosane Oliveira descreveu em um inspirado homicídio da ideia. É simplesmente porque é preciso alguma medida para incentivar o transporte coletivo, diminuir o número de carros nas ruas e taxar empresas de aplicativos como Uber, Pop e Cabify.
Mais ou menos algo como fazem aqueles comunistas subdesenvolvidos londrinos (os moradores de Londres, Inglaterra, não de Londrina, Paraná, que deram 8 a cada 10 votos para Jair Bolsonaro em 2018).
Ao fim, depois de toda fumaceira, sem nenhuma alternativa concreta apresentada as empresas de ônibus terão seu aumento de 11% e a passagem em Porto Alegre vai custar R$ 5,20, e os 9 mil cobradores serão os sapateiros da vez.
Aguardemos na parada a vez de Gravataí e Cachoeirinha. Vai demorar mais que um Sogil, mas menos que um Stadtbus ou um Transcal.