Ainda ontem, quase no final da tarde, eu estava dirigindo o meu carro pelas ruas próximas ao centro da nossa Aldeia dos Anjos quando me deparei com a saída de alunos que terminavam as aulas na escola e retornavam para as suas casas.
O que chamou a atenção, além do grande número de alunos que caminhavam pela rua e não pela calçada, foi crianças com muito pouca idade, uns toquinhos de gente, como se diz, que voltavam da escola completamente sozinhos, sem o acompanhamento de um adulto ou até mesmo de uma outra criança com um pouco mais de idade.
Neste local o tráfego é intenso, onde normalmente a velocidade dos veículos que por ali trafegam nem sempre é baixa.
Fiquei pensando por um tempo ainda, o trabalho que devem ter os anjos da guarda daqueles pequeninos, uma vez que fazem o longo trajeto da escola até as suas casas, todos os dias, e só podem contar com a proteção divina para chegarem aos seus lares sãos e salvos.
Comecei a me dar conta, de outro tipo de abandono, quase despercebido, mas que também causa uma tristeza muito grande, pois, não é admissível deixar que crianças tão pequenas adquiram, de forma tão prematura, uma responsabilidade incompatível com a sua idade.
Os pais ou os responsáveis por estas crianças deveriam tomar uma atitude definitiva com relação ao perigo que seus filhos ficam expostos todos os dias, evitando que algo grave possa vir a acontecer.