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Tudo sobre a vacinação contra gripe em Gravataí

Vacinas estarão disponíveis em todas 27 unidades de saúde de Gravataí

A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe começou nesta segunda-feira em Gravataí. A imunização, que seguirá até 1° de junho, vai assegurar proteção contra os três subtipos do vírus de maior incidência: H1N1, H3N2 e Influenza B. 

O objetivo é atuar no período de maior propagação do vírus: na transição entre o outono e o inverno. Além da febre alta, cansaço, congestão nasal e dor no corpo, a doença também provoca problemas mais sérios, dentre eles pneumonia e infarto.

A influenza, comumente conhecida como gripe, figura entre as viroses mais frequentes no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 10% da população seja infectada anualmente por algum tipo de vírus influenza, o que em Gravataí representaria 27 mil pessoas.

– Todas as pessoas que compõem os grupos de risco precisam ser imunizadas e terão acesso às vacinas – convoca Jean Torman, secretário da Saúde responsável pela estrutura da campanha que disponibilizará doses em todos os 27 postos do município.

 

Quem tem prioridade

 

Os grupos de risco definidos pelo Ministério da Saúde são crianças entre seis meses a cinco anos de idade; pessoas com mais de 60 anos; gestantes; mulheres que entraram em trabalho de parto nos últimos 45 dias; profissionais da saúde; professores da rede de ensino; população indígena, portadores de doenças crônicas e adultos privados de liberdade.

Pacientes imunossuprimidos, ou seja, aqueles que tenham câncer e que se submetem aos tratamentos de quimio e radioterapia também devem ser imunizados. Portadores das síndromes de Down e Klinefelter, pessoas privadas da liberdade e adolescentes mantidos em instituições socioeducativas também deverão ser vacinados.

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde Patrícia Silva, a definição do público-alvo se baseou em critérios da OMS e em estudos epidemiológicos, que levam em consideração as pessoas com mais chances de desenvolver complicações características da doença.

– A gripe mata mais de 650 mil pessoas todos os anos.

 

ONDE E COMO FAZER

Para receber a dose, é preciso apresentar a carteira de vacinação, documento de identificação e comprovante de residência.

Para conferir os endereços dos postos de saúde clique aqui.

 

Crianças preocupam

 

O Dia D, quando há maior mobilização para vacinação, está marcado para 12 de maio. A projeção do Ministério da Saúde é que as vacinas estejam disponíveis em 65 mil postos do país. Em 2017, a cobertura foi de 87,7%.

Uma preocupação especial dentro do público-alvo é com as crianças entre seis meses e 5 anos. No ano passado, o percentual de imunização deste segmento foi menor do que outros, como idosos com mais de 60 anos.

Na avaliação da presidente da Sociedade Brasileira de Imunização, Isabela Ballalai, esse quadro pode estar relacionado a uma prática ainda recente de cuidado dos pais com a imunização dos pequenos para a gripe.

– O idoso se vacinar já virou cultura. As crianças entraram por último neste rol de beneficiários. E talvez a população não esteja valorizando ainda como uma causa de doenças em meninas e meninos. Neste época, crianças são vítimas de vários vírus, não só o Influenza – explica.

 

Sintomas e prevenção

 

Entre os sintomas da gripe estão febre alta, dor muscular, dores de cabeça e na garganta e coriza. O ministro da Saúde informou que o vírus usado na vacina é “inativado”, não podendo gerar uma gripe. De acordo com Occhi, a imunização evita entre 32% e 45% o número de hospitalização por pneumonia e entre 40% e 75% as mortes por complicações resultantes do vírus.

A imunização é contraindicada para pessoa com alergia a ovo, que devem procurar o médico para orientações. A reação em geral ocorre com dor no local da injeção, sem provocar efeitos colaterais maiores. De acordo com o ministério, não há risco de fazer a vacinação contra a febre amarela e Influenza.

Além da vacinação, são orientações para evitar o vírus lavar as mãos com frequência, usar lenço para a higiene do nariz, cobrir o rosto no momento do espirro, evitar compartilhar objetos de uso pessoal e tomar cuidado com o contato com pessoas que tenham adquirido o vírus.

 

10 sobre vacinas

 

1. Como funcionam as vacinas contra a influenza usadas no Brasil?

As vacinas influenza disponíveis no Brasil são todas inativadas (feitas com vírus morto), portanto, sem a capacidade de causar doenças. Até 2014, estavam disponíveis no país apenas as vacinas trivalentes, contendo uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B (linhagem Yamagata ou Victoria). As novas vacinas quadrivalentes, licenciadas desde 2015, contemplam, além dessas três, uma segunda cepa B, contendo em sua composição, as duas linhagens de Influenza B: Victoria e Yamagata. Em 2018, as vacinas trivalente e quadrivalente terão uma nova cepa A/H3N2 (Singapore), que substituirá a cepa A/H3N2 (Hong Kong) presente no ano anterior.

2. Qual vacina será utilizada na campanha deste ano feita pelo Ministério da Saúde?

Em 2018, a vacina utilizada na Campanha de Vacinação contra a Gripe do Ministério da Saúde será a trivalente, contendo uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B linhagem Victoria.

3. Este ano, teremos então vacinas tri e quadrivalentes disponíveis no país?

Sim, por alguns anos, deveremos conviver com as duas vacinas. Como ocorreu no passado em que, de acordo com a epidemiologia, vacinas monovalentes foram substituídas por bivalentes que, por sua vez, foram substituídas por trivalentes. A tendência para os próximos anos é a produção apenas de vacinas quadrivalentes.

4. As vacinas influenza podem ser utilizadas na gestação?

Sim, gestantes constituem grupo prioritário para a vacinação, pelo maior risco de desenvolverem complicações e pela transferência de anticorpos ao bebê, protegendo contra a doença nos primeiros meses de vida.

5. Pacientes alérgicos ao ovo de galinha podem receber a vacina?

Sim, esses pacientes podem receber a vacina influenza. Alergias a ovo, mesmo graves como a anafilaxia, não são mais contraindicação nem precaução.

6. Quais as reações adversas esperadas após a aplicação da vacina?

Os eventos adversos mais frequentes ocorrem no local da aplicação: dor, vermelhidão e endurecimento em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas. Manifestações sistêmicas são mais raras, benignas e breves. Febre, mal-estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados de 6 a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina.

Reações anafiláticas são extremamente raras.

Em caso de sintomas não esperados (febre muito alta, reação exagerada, irritabilidade extrema, sinais de dor abdominal, recusa alimentar e sangue nas fezes, entre outros), é recomendado procurar imediatamente o médico ou serviço de emergência para atendimento e para que sejam descartadas outras causas.

7. Crianças que receberam duas doses da vacina em anos anteriores deverão receber duas doses da quadrivalente este ano?

Não é necessário. A regra geral, tanto para as vacinas quadrivalentes quanto para as trivalentes, é que crianças que receberam duas doses na primeira vacinação recebam, nos anos seguintes, somente uma dose.

8. As vacinas influenza podem ser aplicadas simultaneamente com outras vacinas?

As vacinas trivalente e quadrivalente contra a influenza podem ser aplicadas simultaneamente com as demais vacinas do calendário da criança, do adolescente, do adulto ou do idoso.

9. Pessoas imunodeprimidas podem tomar as vacinas contra influenza?

Tratam-se de vacinas inativadas, portanto, sem restrições de uso em populações imunocomprometidas, que têm indicação de vacinação especialmente reforçada.

10. A entidade tem alguma recomendação com relação às vacinas?

A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda o uso preferencial, sempre que disponível, da vacina quadrivalente, pelo seu maior espectro de proteção. Porém, a entidade reforça que, na indisponibilidade do produto, a vacina trivalente deve ser utilizada de maneira rotineira, especialmente em grupos de maior risco para o desenvolvimento de formas graves da doença.

 

 

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