O médico Antônio Weston, superintendente do Hospital Dom João Becker/Santa Casa de Misericórdia de Gravataí, envia ao Seguinte: artigo sobre o 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco
Nessa segunda-feira (31), comemoramos o Dia Mundial sem Tabaco. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Ministério da Saúde, o número de fumantes na população acima dos 18 anos vem caindo de maneira significativa. A pesquisa mais recente, realizada em 2019, aponta que 12,6% dos maiores de idade no Brasil são fumantes. Em 1989, esse número era de 34,8%, ou seja, quase três vezes maior. Ainda assim, é preciso manter as campanhas de conscientização e tentar levar esse índice o mais próximo do zero possível.
Já é fato conhecido que o cigarro causa muitos malefícios a saúde. Os mais conhecidos são o enfisema pulmonar e o próprio câncer de pulmão. O hábito de fumar também pode levar a outros problemas como aumento da incidência de câncer do aparelho digestivo e da boca.
Além disso, devemos considerar o chamado fumo passivo, que é o fato de outras pessoas que convivem com quem tem esse hábito sofrerem os malefícios da inalação da fumaça. Isso contribui para que, também nos passivos, haja o aumento da incidência dessas doenças. A mesma pesquisa do INCA aponta que a proporção de pessoas que não são tabagistas expostas à fumaça foi de 7,9% em casa e 8,4% no trabalho em ambientes fechados. Números preocupantes, pois não há nível seguro de inalação, tampouco de consumo do tabaco.
Também importante mencionar que largar o tabaco é muito difícil e via de regra requer assistência médica especializada, por vezes sendo necessário, inclusive, o uso de medicações específicas. Há que salientar o grande ganho na qualidade e também na quantidade de vida daqueles que conseguem livrar-se do cigarro. Então, sempre é bom lembrar que vale a pena o esforço para abandonar esse hábito. O cigarro também é uma droga e não traz benefício algum para o organismo.