coluna do cidade

Um gato sozinho

Arruelando

O arvoredo cozido

Assentados

Da torre se desfazendo

Em ar aberto

Consomem vazios

De mais um sol

Oco de eco

O medo

Censura sendo

Um gato sozinho

Morrendo

O mundo vendo

Sem lágrima

Tecendo a próxima

Teia de monóxido

De carbono

Sob ilusão ótica

De abandono

Numa relação tóxica.

 

O coração encorpado em seu leito

O zelo da mão do martelo

Se diz amor

Mas não pode sê-lo

Já que

Ao desencorajado

Enumera defeitos

E ao escárnio

Está afeito.

 

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