RAFAEL MARTINELLI

Um minuto de silêncio: a cada 4 dias, um gravataiense ainda perde a vida para covid

Para lembrar: retirada do container que armazenava corpos no hospital de Gravataí no auge da pandemia da covid-19 | Foto ARQUIVO

Apesar de delinquentes intelectuais tratarem a pandemia como uma questão eleitoral, os indicadores mostram que uma vida é perdida a cada quatro dias pela covid-19 em Gravataí.

É, ainda, se não mais uma tragédia, um problema real de saúde pública.

Nos últimos 75 dias, desde que publiquei o último levantamento no Seguinte:, em Nova onda da covid escancara crise na saúde; Espera supera 4h em Gravataí e região, foram 19 mortes. A média de casos diagnosticados é de 34 gravataienses a cada 24 horas.

É bem menos que as 6 mortes diárias, entre março e abril de 2021, os meses mais letais da pandemia, e as infecções são menores que os mais de 300 casos diários, no mesmo período, mas mostra a virulência da doença.

Por que apresento os números, que superam as mortes por acidentes de trânsito, ou homicídios, nos mesmos dois meses e meio?

É que o empresário Luciano Hang, dono da Havan, que tem loja em Gravataí, tuitou sábado o que reproduzo e, abaixo, sigo.

Hang cometeu mais:

O Brasil soma 681.550 mil mortos desde o início da pandemia. Gravataí 38.859 casos e 1076 mortes.

MIL E SETENTA E SEIS gravataienses perderam a vida.

Tratar como uma pauta eleitoral é abjeto.

Reputo um espelho de caráter.

Como analisei em Bolsonaro é um idiota, também sobre essa negação de uma “calamidade” só reconhecida oficialmente para comprar votos nesta eleição, a palavras tem força; matam.

Em Gravataí, 226.583 pessoas tomaram a primeira dose da vacina. Mas 25.448 não voltaram para a segunda. Nem metade de quem foi imunizado voltou para a dose de reforço.

Não culpo a Prefeitura, que faz campanhas, tem vacinas e vacinadores sobrando, e está aplicando a segunda dose de reforço. Inegável é que há um Zeitgeist, um espírito do tempo, maligno, cruel, que ainda tem muita influência na Gravataí que deu 7 a cada 10 votos para o ‘mito’ mitômano.

Ah, mas o ‘Véio da Havan’ gera empregos e, arrepia-me!, perdeu a mãe para a covid.

É. Mas no mundo onde eu gostaria de viver isso não é habeas corpus para escrotice.

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