A Prefeitura de Cachoeirinha divulgou release avaliando que, quase um mês após a tempestade de 16 de janeiro, as coisas estão “voltando à normalidade”.
Reproduzo o texto e, ao fim, comento a participação de uma personagem incansável durante a tragédia climática.
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Já passado quase um mês do dia em que Cachoeirinha ficou, literalmente, às escuras após um grande temporal. Árvores caídas, postes, falta de energia, prejuízos na indústria, casas destelhadas, medo. Foram muitos os acontecimentos que se seguiram naquele dia 16 de janeiro. E o trabalho das equipes não parou desde então.
O coordenador da Defesa Civil de Cachoeirinha, Vanderlei Marcos, considera que a cidade está voltando à normalidade.
– Acredito que hoje temos 80% dos problemas sanados. Seguimos com a ajuda humanitária, tanto na entrega de cestas básicas e kits de higiene, como na de telhas, onde reabrimos o cadastro para quem precisa – diz.
O Comitê de Gerenciamento de Operações de Crise, no Parque de Eventos Telmo de Lima Freitas, segue instalado e a comissão realiza reuniões permanentes para fazer o levantamento daquilo que ainda precisa ser feito.
– Hoje o trabalho se concentra na limpeza da cidade, principalmente no que diz respeito à retirada de galhos, e na distribuição de telhas. Nós temos muitas árvores tombadas não só nas vias, como em casas. O trabalho agora está em auxiliar quem ainda não conseguiu tirar os galhos das suas casas – acrescenta Vanderlei.
O coordenador da Defesa Civil destaca a importância que o Plano de Contingência, documento que aponta as medidas desenvolvidas após o desastre para retornar à situação de normalidade, quando é considerado uma situação de emergência, de que forma vira calamidade, os caminhos a serem seguidos para que o município busque ajuda dos governos estaduais e federais, as legislações a serem consultadas.
– Nós sabíamos o que precisava ser feito, tínhamos por onde nos guiar. Por isso o sentimento é positivo. Tudo que fizemos para saber como agir, deu certo – afirma.
Ele aponta a importância do trabalho das diferentes forças.
– Vários segmentos de voluntários trabalharam conosco. Além da ação do poder público, contamos com as forças de Estado como Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Exército, Grave e a sociedade. A população entendeu o processo, as pessoas que se colocaram à disposição e contribuíram nesse levante da cidade, o que só foi possível porque foi conseguido por muitas mãos – disse.
Vanderlei acrescenta que como aprendizado, fica a orientação de que é preciso levar a sério os alertas emitidos pela Defesa Civil.
– Eles embasados por pessoas atentas ao nosso clima. Recebemos o alerta do Estado, de meteorologistas que, antes de falar qualquer coisa, estudam. Eu sei que muitas vezes as pessoas ficam ofendidas, dizem que é feito sensacionalismo, principalmente quando o alerta não se confirma. Mas é preciso ficar atento. Não se emite alerta de forma banal. Por isso, a população tem que levar a sério e se precaver. Em caso de alerta de temporal, tomar os cuidados necessários, evitar sair de casa. Se não acontece, não tem que ficar bravo. Temos que agradecer que não chegou até a gente – conclui.
(…)
Sigo eu.
Pelo que avalio uma questão de justiça, gostaria de deixar registrado um elogio ao coordenador da Defesa Civil.
Vanderlei Marcos trabalhou bem. Antes, durante e depois da tempestade.
Aprendeu bem a lição do evento climático anterior, de 23 de setembro. Agiu na linha de frente, na rua, atendendo às pessoas, mas também nos gabinetes, na oficialização do decreto de emergência e captação de recursos. Tudo com uma estrutura de Defesa Civil ainda em construção.
Ao fim, já tinha demonstrado dedicação e competência como, no horror da pandemia, diretor do hospital de campanha no governo Miki Breier.
Agora só confirma ao governo Cristian que está pronto para voos mais altos.
