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Vaza Cachoeirinha: ’batatinha frita 1,2,3’ para cassar prefeito Maurício; O que advogado foi fazer no presídio

Miki já responde a impeachment e Maurício parece entrar na alça de mira | Foto FERNANDO PLANELLA | Arquivo

Alertei há exato um mês, em Vaza Cachoeirinha: Impeachment de Miki ameaça Maurício Medeiros; O filho de calcinha, a ditadura e a galera:

“… Na Cachoeirinha dos vazamentos, proximidades e ousadias, Maurício Medeiros (MDB) que se cuide. A fila anda se o prefeito afastado Miki Breier (PSB) for cassado pelas acusações que detalhei em As supostas provas secretas anexadas ao impeachment em Cachoeirinha; 20 milhões bloqueados, códigos da propina e o ’Fundo de Investimentos Miki’…”

Reputo o que ainda não coloca o prefeito em exercício na alça de mira da cassação, apesar de, assim como Miki, já mantido em cativeiro político ao ser refém de vereadores fieis e infieis, é o impeachment que responde o prefeito afastado, cheio de erros, como analisei em artigos como Câmara aceita denúncia de impeachment de Miki: Presidente já acusou prefeito afastado de integrar organização criminosa; Sartre, o inferno e o céu e Entre a Câmara e a Justiça: comissão opina por prosseguimento de impeachment; A vingança de Xavier contra Miki.

Político experiente, Maurício sabe que está num Round6.

Assim como qualquer um que tenha testemunhando como começaram os jogos que levaram a quatro tentativas de impeachments e duas CPIs contra Miki.

O “batatinha frita 1,2 3” começou com a metralha de milícias digitais no Grande Tribunal das Redes Sociais, em páginas com CNPJ mas principalmente em postagens de garotos de programa online que, desde 2019, ligam Miki à corrupção; com ou sem provas.

O mesmo modo de operação envolve Maurício desde a eleição para a Presidência da Câmara, com a publicação de reportagens, vazamento de áudios e postagens ‘denunciando’ ameaças – e oferta de vantagens – contra Juca Soares (PSD), voto decisivo contra o ‘candidato oficial’, como tratei em Cristian Wasem presidente: voto da cadeia decidiu eleição na Câmara de Cachoeirinha; Juca honrou o que assinou.

Em postagens na Real News, com CNPJ, e no Balança Cachoeirinha, sem CNPJ, Maurício é ‘acusado’ de cometer crime de responsabilidade por, supostamente por meio de Alecio da Rosa Cargnin, advogado do derrotado Felisberto Xavier (PSD), ter oferecido cargos – e, inclusive, ameaçado – ao vereador.

Cristian Wasen (MDB) venceu por 9 a 8. É do partido de Maurício, mas não era o ‘candidato oficial’, posto que coube a Xavier. A eleição chegou a ser questionada na Justiça, em ação que depois teve a desistência do autor, o vereador Deoclécio Melo (Solidariedade), que pedia suspensão da votação por suposta irregularidade na liberação pelo Tribunal de Justiça para que Juca pudesse votar mesmo preso, o que analisei em Direto do Presídio Central: vereador preso participar por vídeo da sessão da Câmara de Cachoeirinha é a sagrada presunção de inocência.

Eu já tinha antecipado a polêmica ao, no dia da eleição, concluir assim o artigo Virá do Presídio Central voto que decide Presidência da Câmara de Cachoeirinha: "…Fato é que, ‘abertas as urnas’ na sessão que começa a partir das 17h de hoje, a história poderá ser contada pelo livro de visitas do Central…"

Alécio da Rosa confirma que visitou Juca no Presídio Central (e o documento de acesso, assinado pela major Ana Maria Hermes, diretora da Cadeira Pública, a Real News postou e você acessa clicando aqui) mas nega ameaças e oferta de cargos em nome de Maurício ou Xavier.

Reproduzo a íntegra da versão do advogado e, abaixo, concluo.

“…

Imprescindível, seja esclarecido o conteúdo da publicação retro à População de Cachoeirinha, no site Real News, a um, por que as informações ali constantes, são, em um primeiro momento, distorcidas, segundo, por que inverídicas, a dois, porque Cachoeirinha não deve ficar à mercê de políticos e pessoas que não querem o bem da cidade, mas, o exclusivo proveito próprio.

Durante o processo de eleição para a Presidência da Câmara Municipal, procurei sim, nosso companheiro de partido, vereador Juca Soares, como não poderia deixar de ser, fato ocorrido no dia 13.12.2021, para tratar de sua participação na eleição supracitada, considerando que é vereador em exercício.

Como integrante da mesma sigla partidária, PSD, solicitei, obviamente, o apoio do referido vereador, o que fiz, em meu nome próprio. A maldade da publicação, vem estampada com a postagem da foto do vereador, este, evidentemente chorando, para tentar atrelar este fato a uma suposta ameaça, quando na verdade, estava emocionado com a presença de vários apoiadores na última sessão legislativa. Me espanta que na referida matéria, dando conta de que o vereador teria sido ameaçado, não explicita ou conste a que mal injusto o vereador teria sido submetido.

Importante destacar que o vereador José Francisco Soares da Silva integra o nosso partido, sempre portou-se de forma digna e, frisamos, tem o nosso absoluto respeito e consideração.

Agora, quanto ao conteúdo da matéria publicada de forma criminosa, nos insurgimos, ainda mais quando a tentativa de desestabilizar o cenário político colocando as pessoas umas contra as outras, o que não podemos admitir. Não é crível que um texto de baixo nível, inverídico, venha macular a biografia de pessoas que trabalham pelo bem do nosso município.

Quando procurei o vereador Juca, objetivava seu apoio, assim como busquei o apoio de outros vereadores, pois o processo eleitoral pressupõe conversas, contatos e acordos, ressaltando que o fiz em meu nome próprio, não sendo prática usual, de nossa parte, vincular pessoas e criar situações inverídicas, motivo pelo qual procedi tranquilamente, estando com a consciência bem tranquila, de que o contato não transgrediu princípios da moralidade e da legalidade. Estamos bem certos quanto à isso.

Nos encontramos no interior do Estado do Rio Grande do Sul, desde quinta-feira à noite, sendo que por este motivo, não temos conhecimento de movimento tendente a anular ou invalidar a sessão legislativa, no qual ocorreu a eleição para a Mesa Diretora, muito menos conheço o Dr. César Peres, sendo que, nunca conversei com o prefeito Maurício, com o prefeito Miki Breier, ou com o vereador Xavier sobre questão relativa a eventual anulação de qualquer sessão legislativa, pois este assunto não está em nossa pauta.

Por fim, desafio qualquer pessoa, a comprovar a veracidade das calúnias constantes da matéria, sendo que, ao Poder Judiciário caberá julgar os autores materiais desta pobre, irresponsável, e criminosa veiculação, em eventual processo criminal.

…”

 

Ao fim, reputo a operação política sub-reptícia que chamo ‘Vaza Cachoeirinha’ já começou a preparar a tempestade perfeita para, após uma cassação de Miki pela Câmara, avançar sobre Maurício para tomar de assalto a Prefeitura.

Se somar 12 votos entre 17 vereadores não é preciso nem esconder rabo porque se inventa.

Se prefeito e vice eleitos em 2020 forem vítimas de impeachment até o fim de 2022 a lei eleitoral determina realização de nova eleição, após um período de até 90 dias com a Prefeitura sob o comando do presidente eleito da Câmara (Cristian Wasen) e o Legislativo sob presidência do vice eleito, Gelson Braga (PSB).

Miki já resta ferido de morte política.

Maurício que se cuide porque já está dentro de um Round6.

Inevitável é repetir mais uma vez: pobre Cachoeirinha!

Seja Miki, Maurício ou um(a) novo(a) prefeito(a), se as relações políticas municipais não avançarem para um mínimo republicanismo, restará alguém refém em cativeiro Prefeitura.

E não terminou nem o primeiro ano de governo…

 

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