RAFAEL MARTINELLI

Vereador de Gravataí compartilha luta contra depressão; Nunca é mimimi

Cláudio Ávila, em foto que postou para ilustrar o post nas redes sociais

O vereador Cláudio Ávila (União Brasil), um dos líderes da oposição em Gravataí, se não em votos em fiscalização e denúncias, compartilhou sua luta contra a depressão, em post nas suas redes sociais.

Reproduzo e, abaixo, sigo.

“(…)

Após 10 meses vivendo, SILENTE, uma PROFUNDA DEPRESSÃO, a ponto de abandonar questões cruciais da minha vida, estou vencendo essa patologia que afeta grande parte da sociedade. É natural duvidarmos da existência, mas não escolhemos ter DEPRESSÃO, ela existe. Precisamos ACEITAR E SUPERAR!

Após décadas de intensas lutas pessoais, profissionais, políticas, o sedentarismo e a bebida, o organismo parece estar cobrando a conta das tensões e estresses. O quadro também acentua os efeitos psicológicos dos erros, perdas e decepções.

A pessoa parece estar travada, em muitos dias eu não tinha forças para levantar da cama, ao ponto de ter ficado três dias sem sair do quarto. Foi importante buscar ajuda profissional, reconhecer o problema, mas ESTÁ DENTRO DE NÓS A FORÇA QUE PRECISAMOS PARA REAGIR.

Ter gratidão pelos nossos filhos, família e amigos, buscarmos uma melhor qualidade de vida, cuidar de si primeiro, lembrar dos que nos amam e dos que dependem nós e a ajuda médica, são fatores impositivos para vencermos.

Também é importante não esperar solidariedade das pessoas, elas não têm obrigação. Não se vitimize, chore, reflita e REAJA. Precisamos dar o primeiro passo!

O reinício será com aparentes perdas materiais e de pessoas que desconheciam os motivos da mudança comportamental, dentre outras limitações e debilidades que o problema ocasiona. Temos que superar!

Hoje, após todos esses dias, tive a coragem de assumir isso publicamente, pois quero me solidarizar com as pessoas que passam por situação semelhante e afirmar que é possível VENCER.

Me sinto feliz por estar em SÃO PAULO reunido com clientes, retomando na integralidade, com a conhecida efetividade, os trabalhos que sempre foram um dos pilares da minha vida. Com os novos clientes e os remanescentes, será uma grande retomada.

Portanto, estou de volta na ADVOCACIA, COM SAÚDE e firme nos propósitos individuais e coletivos conhecidos por todos.

Não me constranjo com leituras preconceituosas ou pejorativas sobre o tema, pois sei que muitas pessoas vão se identificar e tomar esse relato como incentivo para VENCER.

EM FRENTE!

(…)”.

Sigo eu.

Compartilho o texto-desabafo de Ávila porque reputo importante para outros que sofrem – e, muitas vezes, sentem vergonha – que personagem conhecido da política, que é a especialidade do Seguinte:, trate publicamente do assunto.

Muita gente considera bobagem e mimimi quando pessoas – mesmo em suas comunidades – ‘famosas’ e ‘ricas’ revelam o diagnóstico de depressão.

– Sempre que excedemos o ritmo de funcionamento e não respeitamos os limites e nos submetemos às expectativas alheias e às nossas próprias escolhas, instalam-se diferentes níveis de estresse. E as consequências disso podem ser graves – alerta o psicólogo José Braga.

– Esse estresse pode, em um determinado momento, explodir em forma de pânico, melancolia, ansiedade generalizada, estados depressivos, podendo chegar à suscetibilidade a diversas enfermidades orgânicas e/ou psíquicas – acrescenta, lembrando um dos principais monstros que assombram gente que lida com muita pressão, como exige a política: o burnout, que se caracteriza por uma exaustão extrema, obrigando por vezes até a uma parada forçada das atividades sociais e laborais.

– São pessoas que lidam muito com cobranças e vivem sob pressão internas e externas. A própria pessoa se cobra muito para se manter em um nível estável de produção e visibilidade – aponta, citando os altos e baixos, sucessos e insucessos envolvidos.

Ao fim, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera um problema médico “grave” e “altamente prevalente na população em geral”, apontam no mundo mais de 300 milhões de pessoas convivendo com a depressão.

No Brasil, a estimativa é de que 20% da população tenha algum grau de depressão. Entre 10, já somos você e eu, amigo Cláudio. Parabéns pela coragem de se expor.

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