O vereador Paulo Silveira (PSB) desmentiu há pouco, na tribuna da Câmara de Gravataí, que seu filho tenha tido atendimento preferencial no Hospital Dom João Becker, administrado pela Santa Casa de Misericórdia.
O próprio vereador mostrou no telão da Câmara o vídeo – no qual cidadão denuncia o suposto ‘fura fila’ e mostra o vereador e o filho no corredor, após sair de consultório – que circulou na noite desta terça-feira.
O Seguinte: não vai divulgar as imagens para não expor o adolescente.
– Meu filho era o único aguardando pediatra no setor de convênio. Havia pessoas na espera, mas por clínico geral – contou, informando que o filho permanece internado, recebendo oxigênio, após chegar no hospital com falta de ar e febre alta.
– O encaminhamento foi feito por enfermeira, dentro dos protocolos da Santa Casa. Em nenhum momento me identifiquei como parlamentar – disse, informando que está solicitando as imagens e disponibilizando o boletim de atendimento de seu filho.
Paulo Silveira anunciou que vai buscar a responsabilização civil e criminal de quem fez a denúncia e divulgou o vídeo.
– Aqueles que divulgaram fake news, expondo a mim e minha família, vão responder legalmente. Não tenho medo de tentativas de constrangimento. Vão sentir a mão forte da justiça, porque só caminho dentro da lei – disse, suspeitando de “pessoas da política” que transmitem informações falsas “para tirar vantagem política”.
– Já identificamos quem filmou e quem espalhou em grupos de WhatsApp – informou o vereador ao Seguinte:, durante a sessão, dizendo que sairia da Câmara para passar a noite com o filho no hospital.
Reputo não é problema o momento de dúvida do cidadão que foi perguntar ao médico o porquê do filho de um conhecido político ter sido supostamente atendido antes de pacientes que estavam na fila, uma pessoa em cadeiras de rodas, inclusive, que conforme o parlamentar aguardava resultado de exames.
Grave é a disseminação de uma fake news – ainda mais envolvendo um familiar e, pior, um adolescente.
O líder do governo, Alex Peixe (PTB), atestou na tribuna que não houve ‘fura fila’ pelo vereador, que é um dos líderes da oposição.
O presidente da Câmara, Alison Silva (MDB), colocou o jurídico da Câmara à disposição de Paulo Silveira.
Como bem disse Thiago De Leon (PDT) em apoio ao colega, o WhatsApp é uma arma para destruir reputações e, vou além, a alma das pessoas.
Entendo acertou Paulo Silveira ao esclarecer o assunto. Mesmo que envolva um familiar, é um homem público. Desmentir a fake news é também proteger a Câmara de julgamentos no Grande Tribunal das Redes Sociais, onde invariavelmente só se permite aos políticos a presunção de culpa.
Clique aqui para acessar a sessão e assistir, a partir do minuto 49, aos pronunciamentos de Paulo Silveira e dos vereadores que abordaram o assunto.
Ao fim, preocupa-me a próxima eleição, já que um ano antes da campanha escândalos revelados e velados estão na pauta principal da política.
Os tempos são de lamas de Dalai.