política

Vereador de Gravataí une governos Leite e Bolsonaro em pautas trans e prostituição

Coordenador da Diversidade Sexual no RS, Daniel Morethson, vereador Dila e Marina Reidel, diretora de Promoção dos Direitos LGBT no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

O jornalista Rafael Trajano acompanhou o vereador Dilamar Soares (PDT), de Gravataí, em uma agenda curiosa, em Porto Alegre, e manda matéria.

Reproduzo na íntegra e, abaixo, sigo.

 

“…

Não é uma pauta de esquerda, de centro ou de direita. Políticas públicas voltadas para a população trans e travesti são pautas do ser humano.

Prova disso é que o vereador Dilamar Soares conseguiu reunir na mesma mesa, na tarde desta quarta-feira (11), para tratar do tema, os governos Eduardo Leite e Bolsonaro.

Em busca de alternativas para garantir respeito e cidadania para mulheres em situação de prostituição, para população trans e travesti em Gravataí, Dila buscou respaldo na experiência do trabalho realizado pela Coordenadoria da Diversidade Sexual do governo do Estado. O coordenador, Dani Morethson, relatou sobre trabalhos realizados em outras cidades gaúchas e se colocou à disposição do vereador e de Gravataí para estreitar o diálogo entre essa população e o poder público.

– A prostituição é um tema delicado, ainda é um tabu. Em Gravataí, por exemplo, temos de um lado casos próximos de escolas que não deveriam ocorrer, mas de outro lado há quem luta por sua sobrevivência sem um mínimo de dignidade – expôs o vereador.

Na mesma mesa, com Dila e o coordenador da Diversidade no RS, estava Marina Reidel, mestre em Educação, mulher trans e diretora no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Na pasta da ministra Damares Alves, Marina responde pela promoção dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

– Foi importante troca de experiências, que resultarão em ações efetivas para Gravataí. Precisamos garantir cidadania para quem se encontra na situação de prostituição, com políticas de acolhimento e amparo – conclui Dila, já planejando novos encontros entre os representantes da diversidade e essa população em Gravataí.

…”

 

Sigo eu.

Não sei como operam esses órgãos que tratam da diversidade nos governos Leite e Bolsonaro e nem participei da agenda, então não tenho condições de analisar o que pode sair da conversa.

Limito-me a dar parabéns Dilamar, por ter coragem de tratar do tema sem medo da exposição no Grande Tribunal das Redes Sociais.

Como observei esses dias em Aprovada Frente LGBTQIA+; Câmara de Gravataí teve seu dia de Stonewall Inn, e trevas, “não é um debate que enche barriga. É, por vezes, uma causa vítima de lacrações contra e a favor, exploradas por oportunistas e caça-cliques. Mas é uma questão que se refere à vida cotidiana de muitas pessoas, mexe com muitas famílias”.

É uma coragem que não faltou ao político nem em tempos ainda mais obscuros. Em 2019, logo após Gravataí dar 7 a cada 10 votos para o atual deprimente da república e o bolsonarismo ainda restar bem collorido, tentou aprovar na Câmara a identidade para trans – projeto derrubado por votos contrários e fugas de vereadores do plenário, como tratei em artigos como Câmara de Gravataí já derrubou nome social para trans.

Ao fim, um bom exemplo quando tudo vai de pior em mal.

 

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