RAFAEL MARTINELLI

Vereador mais votado, Bombeiro se filia ao Republicanos com Zaffa, Dr. Levi e presenças-surpresa; Mais ‘Choquei’ da III Guerra Política de Gravataí, Quincas Borba e as batatas

A presença do prefeito Luiz Zaffalon (sem partido) e do vice Dr. Levi Melo na filiação de Bombeiro Batista no Republicanos confirmaram o vereador mais votado como mais novo integrante da base de governo no rastro da III Guerra Política de Gravataí: Zaffa x Marco Alba, pós Abílio x Oliveiras e Stasinski x Bordignon; antecipei dia 9 em Da oposição para o governo: vereador mais votado não será mais candidato a prefeito e é primeiro nome da ‘nova’ base do governo Zaffa; A III Guerra Política de Gravataí e a corrida no meio da noite.

Também tem ‘Choquei’ dos bastidores de Bombeiro no partido da Igreja Universal do Reino de Deus.

O primeiro é a confirmação, a partir dos relatos de uma série de presentes ouvidos pelo Seguinte:, de que Levi não sairá mais do partido – como se noticiou em O ‘código-fonte’ da desfiliação do vice-prefeito Dr. Levi do Republicanos de Gravataí –, será o vice de Zaffa em 2024 e já teria o compromisso do prefeito de apoiá-lo como candidato a Prefeitura em 2028.

A permanência de Dr. Levi – que já tem seu ‘número 1’, o secretário da Saúde Régis Fonseca filiado ao Novo; leia em Com o ‘cara’ do Dr. Levi, partido Novo assume uma das principais secretarias no governo Zaffa em Gravataí; Um bilhão de fofocas na aldeia – também tira o Republicanos da lista de partido nos quais Zaffa pode se filiar; tratei do mistério mais recentemente em Pompeo de Mattos convida prefeito Zaffa para filiar ao PDT; A III Guerra Política de Gravataí, o Zeitgeist, o De Leon e o lenço vermelho.

É das escrituras da política que prefeito e vice concorrem por partidos diferentes, para ampliar a coligação.

O ato, comandado pelo presidente municipal do Republicanos, vereador e pastor Fábio Ávila, e que teve a bênção do deputado estadual e pastor Sérgio Peres, reuniu presenças que renderam fotos, prints & fofocas pelos WhatsApp de políticos – como tratei hoje mesmo em Bordignon e Dimas estrelaram entre ‘cumpanheiros’ no sindicato da GM; Outro ‘Choquei’ da III Guerra Política de Gravataí e as portas do inferno, a III Guerra Política ajuda a estreitar inimizades.

Lá estavam, junto aos vereadores governistas Alex Peixe (PTB) e Demétrio Tafras (PSDB), os parlamentares de oposição Cláudio Ávila (União Brasil), Clebes Mendes (MDB) e Paulo Silveira (PSB).

Inegável é que, como tratei no artigo da semana passada, a III Guerra Política ajudou Bombeiro.

Permanecessem Zaffa e Marco Alba juntos, a filiação de Bombeiro não seria necessária. Sua candidatura a prefeito, que agora jaz sepultada, inclusive ajudaria o candidato do governo, já que dividiria ainda mais a oposição.

Em março, em Vereador mais votado de Gravataí pode não ter para onde ir, analisei as dificuldades para Bombeiro ser aceito em algum partido, após o colega de Câmara, Cláudio Ávila, chefão do União Brasil, ter ‘cancelado’ sua candidatura à Prefeitura e o comunicado para procurar outro partido; assim como fez com o outro vereador, Fernando Deadpool.

Escrevi, no artigo:

“(…)

Por que alerto que Bombeiro pode não ter para onde ir? Na lógica louca da política, ter votos, às vezes, pode ser um obstáculo; e, em 2020, foi o vereador mais votado com 2.662 votos, e, em 2022, recebeu 12.756 votos para deputado federal – 10.958 em Gravataí.

Acontece que partidos já tem compromissos com candidatos à Prefeitura e pré-candidatos pressionam a não aceitação da filiação porque representaria uma chance a menos de chegar à Câmara; e a reeleição do vereador é praticamente uma certeza.

Bombeiro já teria ouvido não a sondagens feitas com PL e Republicanos. Bolsonarista, não gostaria de procurar partidos do centro para esquerda onde, talvez, nem fosse aceito.

(…)”

Fato é que, com a III Guerra, Zaffa precisa montar uma nova base de governo, mas, principalmente, preparar uma coligação para concorrer à reeleição.

Bombeiro já tinha posicionado a magirus para apagar fogueiras do passado, acesas desde sua saída do governo Marco Alba em 2016 e sempre mantidas em alta chama por sua atuação como um dos vereadores mais críticos aos governos Marco e Zaffa, tudo sempre reverberado em páginas e grupos que é dono nas redes sociais e somam mais de 100 mil seguidores.

O vereador – já na estratégia para voltar a ser governista e garantir vaga em um partido simpático ao bolsonarismo – andava silencioso na Câmara e nas redes; e, quando aparecia, inegavelmente era mais como bombeiro do que como incendiário.

A filiação de Bombeiro a um partido do governo também elimina qualquer possibilidade de abertura de CPIs que não interessem ao governo Zaffa, ou ao MDB de Marco Alba. Não há mais como reunir as sete assinaturas necessárias para qualquer tipo de apuração, tenha algum fundamento ou queira investigar o fim do mundo.

Na ‘oposição-oposição’, fofocas à parte, só restam Anna Beatriz da Silva (PSD), Cláudio Ávila (União Brasil), Fernando Deadpool (sem partido), Paulo Silveira (PSB) e Tiago De Leon (PDT) – Clebes Mendes (MDB) ainda não tem cargos no governo, mas já disse em tribuna que está com Zaffa.

Ao fim, Bombeiro achou um lugar confortável para estar. Lembrou-me Machado de Assis, em Quincas Borba: “O homem só comemora e ama o que lhe aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas”.

Bombeiro, com Zaffa e Fábio Ávila, no ato de filiação


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