Alan Vieira (PMDB) reapresentou à Câmara nesta terça o projeto que anula a ‘lei anti-Uber’ de Gravataí.
Na quinta passada, o vereador tinha retirado a proposta sob a justificativa de que o prefeito Marco Alba (PMDB) preparava um termo de regulamentação do transporte individual de passageiros por aplicativos.
Sexta, uma reportagem exclusiva do Seguinte: revelou que o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul deve julgar nos próximos dias uma ação da Procuradoria Geral do Estado que pede a inconstitucionalidade da lei.
– Reitero que sou favorável ao uso de aplicativos de transporte, tendo o consumidor a livre opção de escolha, com segurança, acessibilidade e preço justo. Penso primeiro no passageiro – argumenta o parlamentar, que ao saber do conteúdo da ação direta de inconstitucionalidade (Adin), que alerta para falhas na lei por apenas proibir e não regulamentar o serviço, decidiu pela reapresentação da proposta de revogação da legislação.
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Cada um por si
Alan Vieira disse há minutos ao Seguinte: que vai propor um acordo entre os líderes para votação na próxima sessão, terça-feira que vem, do Projeto de Lei 66/79, que foi lido na sessão que está em andamento na Câmara.
O vereador não arrisca um resultado e garante que não há sobre o tema nenhum acordo de voto fechado entre os parlamentares da base, ou mesmo envolvendo o prefeito, sobre dar marcha ré na proibição aprovada por unanimidade em 2015.
– É uma questão individual de cada um – resume o parlamentar.
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Desencarcerador
O GPS da polêmica sinaliza para a votação mais controversa da legislatura que tomou posse em 1º de janeiro deste ano. Pelo menos nas redes sociais, os internautas se mostram amplamente favoráveis a derrubar a lei anti-Uber e aceleram a cobrança sobre os vereadores.
Um exemplo é o próprio Alan.
Mesmo contrário à proibição do Uber, Alan foi atropelado por críticas no Facebook ao retirar temporariamente, na semana passada, o projeto que revogava a legislação de 2015.
Como é normal por estes tempos, poucos engataram a primeira para ler a reportagem até o fim. A pechada já veio na manchete. O que dá para imaginar que será preciso um desencarcerador para livrar do acidente político o vereador que votar para manter o Uber proibido.
Vale uma corrida de táxi se alguém conhece algum.
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