Nossa! Mais um sonho com um hotel imenso, onde tenho dificuldade de encontrar meu quarto e até a recepção, localizado em uma cidade com trânsito caótico, onde falam um idioma que não consigo identificar.
Para completar, eu, que abomino excursões e malas grandes, estou com um grupo de dezenas de pessoas, entre as quais um carinha que fica reclamando de tudo o tempo todo, e carrego de lá pra cá uma mala descomunal, que não tem rodinhas. Assim, fica difícil aproveitar qualquer coisa! E estou tão irritada que decido não escrever o diário de viagem que havia prometido ao Silvestre, do site Seguinte:.
No último dia, a poucas horas do embarque, tenho dificuldade de conseguir um banheiro livre (não há um no quarto), para tomar uma ducha antes de ir para o aeroporto, e decido ir de táxi à casa de um amigo brasileiro, que — Imaginem só! —, é o fotógrafo Flávio del Mese, de Porto Alegre, que mora na casa da minha tia-avó Idalina, que fica lá, e não em Veranópolis, onde sempre esteve.
Daí, ligam de uma livraria, que fica em um bairro distante, para dizer que conseguiram um livro que estava procurando há anos, e decido, sem titubear, que preciso ir até lá antes de voltar ao hotel.
E então, quando estou presa no trânsito de novo, super angustiada pelo risco de não chegar a tempo de pegar o transfer para o aeroporto, desperto, suando frio, e fico aliviada ao ver que estou no meu quarto; que minha mala pequena, de rodinhas, ainda existe; e que, ali ao lado, há um banheiro bem limpinho, só pra mim.
Já tive esse sonho inúmeras vezes; dessa, só faltaram os mafiosos chineses de filmes de Hollywood, que sempre estão espreitando nas esquinas das ruas e nas voltas dos corredores do hotel.
Será que vou a um psiquiatra ou jogo no bicho? Neste caso, como jogo, se não lembro do número do quarto?