Printe & Arquive na Nuvem.
O secretário de Governo do prefeito eleito Cristian Wasem (MDB) será o Delegado João Paulo (PP), eleito vice-prefeito, e, como um ‘gerentão’, pelo que apurei vai implantar 5 coisas:
1. Transparência
2. Transversalidade
3. LGPD
4. Lei Anticorrupção
5. Compliance
A transparência é fazer um Portal Transparência de verdade, onde o cidadão possa acessar informações sobre todos os gastos da Prefeitura, desde o papel higiênico até o contrato com a empresa de ônibus e de limpeza urbana.
A transversalidade é não permitir que cada secretaria seja um feudo, uma prefeitura à parte. Cada secretário vai ter que prestar contas ao prefeito. O secretário de Governo receberá as informações.
LGPD é a Lei Geral de Proteção de Dados. Aí fico curioso para saber como será aplicada. Espero não seja em desfavor de quem quer transparência dos servidores públicos, sejam agentes políticos ou funcionários concursados.
Lei anticorrupção já existe, é de autoria do próprio Cristian, mas precisa ser regulamentada. Sem penas, nenhuma lei vale algo. Testemos a coragem do governo e dos vereadores para fazê-lo.
O compliance é a grande novidade. É antever riscos, não agir só quando há um problema, em contratos públicos, por exemplo. Antecipo que, para aplicar o “cumprir”, do inglês “to comply”, os secretários terão que assinar ‘contatos’ de metas e responsabilidades; que não cumpridas podem levar à demissão, ou até punições.
Curti.
Nada a ver com “gerir a Prefeitura como uma empresa”, porque isso é uma bobagem. Nenhum governo avança sem a composição política. Nem o prefeito ‘demite’ alguém impunemente, como um ‘gerentão’ de empresa privada.
E, o principal, Prefeitura não é feita para dar lucro, e sim atender à comunidade; o que pressupõe saber conjugar a ‘ideologia dos números’ com a ‘ideologia das gentes’.
Fato é que dar transparência, fazer com que as secretarias atuem coligadas, aplicar uma lei anticorrupção e cobrar o cumprimento de metas é algo básico, óbvio, mas que, como não é a regra em governos, aplaudamos como exceção.
Reputo é uma responsabilidade que o Delegado João Paulo, pelos seus acertos e erros como Chefe de Polícia do Estado, tem condições de abraçar.
Inegável é que resta colocado a teste.
Seu futuro político depende de sua competência ao ser gestor, administrativo e político, como exige a Secretaria de Governo, que é como a Casa Civil nos governos estadual e federal.
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Ao fim, começa bem Cristian se confirmar o Delegado na principal secretaria de seu governo agora eleito pelas urnas.
A quem questionar, ele, prefeito, ou o Delegado, vice, podem responder: “os votos são nossos”.
E o voto é a principal couraça da política. Moeda para alguns, até. Se usada para o bem, é uma força. Não duvido assim, ao menos tentará fazer, João Paulo Martins.
Há uma máxima da política: “Nunca dê um cargo a alguém que você não pode demitir”. Mas, entendedores da política entenderão, o que hoje pode parecer um brete para Cristian, resta uma saída para 2024.
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