RAFAEL MARTINELLI

Vice-prefeito de Cachoeirinha, Delegado João Paulo diz não ao PL e o ‘Samba do Bibo Doido’; O risco da eterna Quarta-Feira de Cinzas

Delegado João Paulo Martins é candidato a prefeito de Cachoeirinha

O vice-prefeito de Cachoeirinha Delegado João Paulo Martins (PP) não dançou o ‘Samba do Bibo Doido’ – leia em Cristian e Delegado no PL, renúncia após a reeleição; O ‘Samba do Bibo Doido’ no gabinete do prefeito de Cachoeirinha – e negou o convite para se filiar ao PL em troca do partido entrar no governo e apoiar a reedição da chapa com o prefeito Cristian Wasem (MDB).

Com governistas de olho na vice, arrisca curtir uma eterna Quarta-Feira de Cinzas.

Explico mais abaixo.

Antes vamos às informações.

A reunião aconteceu hoje.

– Fizemos o convite porque é uma pessoa que se identifica com a direita, apesar de ter dito em entrevista para ti que não era bolsonarista. Agora partimos para o plano b, que é uma candidatura própria – disse ao Seguinte: o vereador Mano do Parque, que com a negativa segue na oposição; a entrevista citada você assiste na SEGUINTE TV em NOVA ELEIÇÃO | Delegado João Paulo fala tudo; ‘O crime não pode tomar a política de Cachoeirinha’.

Outra fonte do PL deu mais detalhes.

– Há receio do Delegado e do prefeito de que a filiação no PL do Bolsonaro atrapalhe a relação com o governo Lula, com quem o governo municipal tem tido uma boa relação – disse.

Sobre a candidatura própria, já há reuniões marcadas com os deputados federais Bibo Nunes e Luciano Zucco. São trabalhados os nomes do ex-vereador Ervino Deon e a professora Cláudia Frutuoso, hoje no Republicanos.

O PL também sonda nomes ligados a entidades empresariais.

– Apostamos na polarização entre o bolsonarismo e a esquerda, o que nos beneficia, já que o eleitor de Cachoeirinha vota em Bolsonaro – explica.

No segundo turno da eleição de 2022, Bolsonaro recebeu 46.256 votos (58,56%) e Lula 32.734 (41,44%).

Até o fechamento deste artigo, o vice-prefeito não tinha respondido o contato do Seguinte: para comentar sua decisão.

Vamos agora à eterna Quarta-Feira de Cinzas do Delegado.

Fato é que, ficando no PP, resta ele em um partido sem vereador desde a saída de Marco Barbosa, o que o torna mais fraco no balanço das forças que compõe o governo.

O PL tem Mano do Parque, que traria da oposição para o governo a força que ainda tem o bolsonarismo e já negociava com outros dois vereadores governistas, além de um potencial fundo eleitoral mais alto para a campanha, caso indicasse o vice.

E inegável é que a reedição da chapa Cristian-Delegado resta ameaçada. Há políticos influentes querendo atravessar o samba do vice, mesmo que o prefeito já tenha manifestado o desejo de repetir a dobradinha.

Dois nomes são ex-presidentes da Câmara de Vereadores: Jussara Caçapava (Avante) e Paulinho da Farmácia (PDT).

Ao fim, negando o PL, o Delegado parece apostar em seu prestígio pessoal, mais do que em partidos e vereadores aliados, para enfrentar a eterna Quarta-Feira de Cinzas.

Outsider da política, com apenas duas eleição nas urnas, 2020 e 2022, terá que cuidar para que os políticos mais experientes, como padres no ritual de início da Quaresma, não lhe ministrem um “Das cinzas vieste, às cinzas retornarás”.

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