Com produção menor ou equivalente à de uma microcervejaria, os brewpubs em geral não engarrafam para consumo no próprio bar ou restaurante, ambientado dentro da fábrica ou ao lado dela. Em alguns países, essa foi a maneira de evitar impostos relativos à circulação de mercadoria e/ou a produtos industrializados. Na Alemanha, praticamente cada bar produz sua própria cerveja e é muito difícil encontrar cerveja em lata ou em garrafa. São mais de setecentas as pequenas cervejarias que produzem até 5 mil barris por ano. Nos Estados Unidos, viraram moda, e existem centenas de bons e bem-sucedidos brewpubs.
A diferença entre um bar especializado em cervejas e um brewpub é que o bar não produz sua cerveja ou chope; é apenas um revendedor.
Apontado com uma solução viável para quem quer começar a produzir cervejas comercialmente, o brewpub é um caminho pouco explorado. Juliano Mendes, fundador da Eisenbahn, é um que defende a viabilidade comercial de um brewpub sempre que pode, acreditando ser esta uma boa forma de entrar no mercado de cervejas artesanais.
Porém, há uma nuvem de incertezas sobre como legalizar um empreendimento como estes no Brasil. Muito é falado que é visto como uma indústria, então tem que ficar localizado em zona industrial, ou seja, longe dos bares e restaurantes mais badalados das cidades. A verdade, porém, é que não há uma legislação específica sobre isto. Portanto, cada prefeitura, ou até mesmo fiscal, verá a situação conforme sua interpretação e interesse. Outro problema é o imposto, que pode ser cobrado da mesma forma que sobre uma grande cervejaria.
As vantagens de se abrir um brewpub são grandes. Primeiro, corta-se custos com intermediários, assim como logística e até mesmo envase. Pode-se servir a cerveja direto dos tanques maturadores. Além disto, ele te permite inovar sempre, e ir testando novas fórmulas e estilos ao longo do tempo, devido à menor escala de produção, se comparada a uma microcervejaria.