— Você aí parado, seu salário é parcelado!
Foi com estas palavras de ordem (uma alusão ao parcelamento deos salários do funcionalismo estadual pelo governador José Ivo Sartori) que o grupo com cerca de 300 manifestantes do funcionalismo municipal de Cachoeirinha – a maioria professoras e professores – saudou, depois de uma sonora vaia, os oito integrantes do Pelotão de Choque da Brigada Militar quando eles deixaram o prédio e se posicionaram em linha, na rua, na frende da sede da Câmara de Vereadores nesta manhã.
Dois oito, pelo menos quatro não resistiram e abriram um sorriso para a criatividade dos servidores cujo futuro salarial, àquela hora, estava sendo discutido no plenário pelos 21 vereadores encarregados de votar o ‘pacotaço’ do prefeito Miki Breier (PSB), um conjunto de 11 projetos de lei que retira vantagens agregadas ao salário do funcionalismo, com a justificativa de adequar a combalida situação financeira da Prefeitura.
Um verdadeiro aparato policial foi montado com PMs dos batalhões de Cachoeirinha, Gravataí, Viamão e Porto Alegre para garantir a segurança e permitir a realização da sessão que havia sido marcada pelo presidente, vereador Marco Barbosa (PSB), para as 9h20min. Agora ao meio dia a reunião ainda não foi encerrada porque todos os 11 projetos do governo tiveram pedidos de vista dos vereadores Brinaldo Mesquita e Cristian Wasen (PMDB).
Diante disso, o presidente Marco Barbosa encerrou a sessão ordinária e imediatamente convocou uma extraordinária, que está em andamento, para análise dos pedidos de vista e possível votação do ‘pacotaço’ de Miki. O presidente do Sindicato dos Municipários de Cachorienha (Simca) Guilherme Runge, e os quatro representantes do funcionalismo que foram autorizado a acompanhar a sessão, se retiraram do plenário.
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