ADÃO GONÇALVES

Vou contar sobre a minha luta contra o câncer

Meu nome é Adão Gonçalves, atualmente sou aposentado, estudei até o primeiro ano do ensino médio, nasci em Gravataí, no distrito de Barro Vermelho, em 1 de dezembro de 1952, portanto tenho 69 anos. Fui registrado como natural de Porto Alegre, mesmo tendo sido registrado no cartório do senhor Valecy Cabeleira Bittelo, pois na época era comum gravataienses irem até Porto Alegre e nascerem na Santa Casa, e assim eram registrados como porto-alegrenses.

Passei minha infância até meados de 1961 no Barro Vermelho, quando tragicamente meu pai sofreu um acidente, morrendo afogado dentro de uma valeta. Era comum na época as valetas com água dos arrozais ficarem ao lado das estradas. Como ele tinha epilepsia, provavelmente desmaiou ao cair de bruços dentro da mesma, e não houve testemunhas, foi encontrado assim.

Após este trágico acidente, minha mãe, muito doente, não tínhamos condições de ficar lá, então, como acontecia antigamente, a família foi dividida para morar em diversos parentes. Eu e mamãe fomos morar na Vila Natal com meu tio, minha irmã mais nova ficou com a madrinha dela, saudosos tio Rocha e tia Maria, ao lado do campo do Santos.

Posteriormente fomos morar com uma tia no bairro Sarandi, em Porto Alegre. Depois minha mãe, muito doente, foi morar em Camaquã com sua mãezinha e irmã, onde em 1967 veio a óbito por causa de um câncer, após mais de 5 anos de sofrimento.

É um sofrimento que não tenho até o momento, após um ano do descobrimento da doença. Acho que ela está me protegendo, para não sofrer o que ela sofreu. OBRIGADO MÃEZINHA!

Posteriormente, fui internado num colégio para órfãos na Vila Ipiranga, na mesma capital onde fiquei por 10 anos, cursei o antigo primário e, em 1967, fui para o seminário da mesma congregação, em Canela, tentar ser padre. Não durou mais de um ano, pois não tinha vocação. Então voltei ao mesmo orfanato, onde aprendi a profissão de Tipógrafo. Posteriormente fui enviado a Capão da Canoa, onde os padres estavam montando uma gráfica.

Em 1972 me desliguei da Congregação e fui morar com um tio materno no centro de Porto Alegre. No mesmo ano arrumei meu primeiro emprego de carteira assinada como auxiliar de Tipógrafo e ao passar dos anos fui me alternando em várias gráficas, já como profissional, profissão que exerci até 1998, quando a tecnologia pôs fim a minha profissão.

Em Porto Alegre, depois que deixei de morar com meu tio, morei em várias casas ditas “Pensões
Familiares”, onde me inspirei em vários contos e crônicas que estarão no meu próximo e-book. Durante minha estadia nestas pensões, o meu divertimento durante a noite era frequentar bares e boates noturnas em qualquer dia da semana. Finais de semana era programa certo, pois apesar de ter muita gente nestas pensões, a solidão existia, pois a maioria viviam isolados em seus quartos.

Em 1985, larguei a vida boêmia e mudei para o bairro Niterói, na cidade de Canoas, onde constitui família. Antes disso fui trabalhar na cidade de Três Coroas, entre 1979 e 80. Depois de 2 anos em Niterói, me mudei para o Parque dos Anjos em Gravataí e posteriormente fui morar em casa própria no bairro São Geraldo, em 1990, onde vivo até hoje.

Sou casado, tenho um casal de filhos, uma filha que está no quarto semestre de Direito, sendo que o filho é sociólogo, o Fernando Gonçalves, e inclusive já teve coluna no Seguinte:, onde trabalha o meu amigo Martinelli, responsável por me convidar a escrever artigos sobre a experiência de ter um câncer e minha aceitação do mesmo.

Na minha coluna contarei tudo, para que as pessoas não se sintam inseguras e não se desesperem: a ciência está muito adiantada nesta área.

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