mulheres contra bolsonaro

#EleNão chega a Gravataí

Organizadoras Mara Ferreira, Jussara Coelho, Letícia Tafra, Ariádine Lanes, Caroline Laesker, Thais Vanessa, Vanessa Lúcio

O #EleNão chegou à aldeia. Mais de 2 mil internautas já aderiram ao grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro – Gravataí, que convida para ato às 15h do sábado da semana que vem, dia 29, no Parcão da 79, contra a candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da república. Você acessa o evento clicando aqui.

O grupo, além de mulheres que exercem as mais diversas atividades e percentem ou não a partidos políticos, reúne personagens da vida pública de Gravataí, como Rita Sanco, com 66 mil votos eleita a prefeita mais votada da história do município; Rosane Bordignon e Anabel Lorenzi, vereadora e ex-vereadora que juntas fizeram 70 mil votos nas últimas eleições à prefeitura, as conselheiras tutelares Janaína Feijó e Sônia Rats e a presidente do sindicato dos professores Vitalina Gonçalves.

As organizadoras Mara Ferreira, Jussara Coelho, Letícia Tafra, Ariádine Lanes, Caroline Laesker, Thais Vanessa e Vanessa Lúcio, todas integrantes ao grupo nacional de facebook intitulado Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, que já conta com 2,5 milhões de participantes e é alvo de hackers que o tiraram do ar, preferiram não escalar uma entrevistada:

– A idéia é manter as decisões e manifestações coletivas, no grupo do facebook e em um grupo de whatsapp que criamos – explica a empresária Ariádne Lanes.

– Há atos nas capitais, inclusive Porto Alegre, mas decidimos fazer uma manifestação também em Gravataí para aquelas mulheres que no dia não podem ir à Capital.

Elas enviaram ao Seguinte: uma carta aberta para explicar as motivações e objetivos do grupo que só cresce e ilustra nas redes sociais aquela que é, em todo país, uma das grandes barreiras para a candidatura de Jair Bolsonaro: o índice de rejeição ao capitão da reserva é alto entre elas: gira em torno de 50%, segundo as pesquisas.

Siga na íntegra da nota.

 

“(…)

Iniciamos esse movimento no sentido de  nos agregar ao movimento nacional das Mulheres Unidas contra o  Bolsonaro. Decidimos isto por não concordarmos com o fascismo institucionalizado defendido por este candidato.

O fascismo e a propagação do ódio coletivo estão escancarados nas redes e nas ruas dessa cidade, expressados através de postagens agressoras, bandeiras, camisetas e carros adesivados com a foto do candidato Bolsonaro. Vemos conterrâneos o defendendo com camisetas da seleção com a logo da CBF, pra atestar a legitimidade deste patriotismo doentio. Também vemos ao lado deste candidato, camisetas apoiadoras do movimento separatista, supremacia branca (só falam em sangue azul) e xenofóbico do sul.

A falta de virtudes é evidente em sua campanha. Seu discurso é de ódio, de morte, de intolerância e preconceito. E falam em nome de Deus. Um candidato com um plano de governo conservador e cheio de retrocessos, especialmente para as minorias. É triste saber que esses eleitores não sabem nem ao menos qual a política econômica que ele vai colocar em prática, preços dos combustíveis que ele vai adotar por exemplo, nem a reforma da previdência, e pautas que vão impactar no futuro de todos nós. Não sabem o que ele quer fazer com as universidades públicas, e não esqueçam que ele votou pelo congelamento do orçamento da educação e saúde por vinte anos. 

Ademais, ficamos especialmente preocupadas quanto as tentativas de invisibilizar as demandas de igualdade e equidadde de gênero, negando as violências (cultural, moral e física) contra as mulheres como mote de campanha do candidato. Afirmações do tipo:

“Não te estupro porque você não merece",  “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida. Quando ela voltar [da licença-maternidade], vai ter mais um mês de férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano" , “Você é uma idiota. Você é uma analfabeta. Está censurada!”, “Eu tenho 5 filhos. Foram 4 homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher” são emblemáticas e nos indicam o quanto de misoginia está imbuído o referido candidato.

Desta forma, decidimos lutar e nos mobilizar pois, além de defender os direitos das mulheres enquanto sujeitos livres e autônomas de suas vidas, queremos dizer também que nenhuma de nós está sozinha e #JuntasSomosFortes, queremos dizer que #MexeuCom UmaMexeuComTodas. Queremos dizer que entre nós há sororidade e que podem chegar e se agregar, chegue com sua cor e com sua etnia, com seu cabelo, com o corpo que você tem, chegue se for trans, bi ou lésbica, chegue se for alta, baixa, gorda ou magra, chegue, apenas chegue para lutarmos por autonomia, respeito e inclusão!

Somos mulheres, mães, professoras, empresárias, advogadas, donas de casa,  jornalistas e somos pluripartidárias, nos unimos com um único e principal propósito: #elenão. 

Mulheres Unidas contra Bolsonaro Gravataí

(…)”

 

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