Nas últimas semanas os olhos do mundo estiveram voltados para a Tailândia onde doze meninos e o treinador de um time de futebol foram resgatados com vida de uma caverna. Mas que país é esse que ganhou destaque nos noticiários de todo o planeta? Fica muito longe do Brasil? Como é a cultura e os costumes por lá? Onde visitar? Quem responde essas e outras perguntas é a gravataiense Camila Said que voltou recentemente do país para Gravataí.
A administradora aproveitou as férias para explorar um pouco desse lugar encantador, com atrações turísticas incríveis e uma cultura muito diferente da nossa. Ela conheceu a região sul passando pela exótica cidade de Krabi, a ilha de Koh Phi Phi famosa pelo filme “A Praia” com Leonardo DiCaprio, além da agitada capital Bangkok.
– É inimaginável ir para lá e não passar pela frenética Bangkok visitar o Gran Palace que é a residência oficial do rei tailandês e a noite ir na Khao San Road a rua mais badalada onde eu vi de tudo, tudo mesmo. Parecia que o mundo todo estava naquela rua. Além disso, não posso deixar de falar daqueles escorpiões, grilos e afins para comer por toda parte. Adorei os templos, as praias, a agitação da noite, a comida a receptividade e a simplicidade do povo. A Tailândia é uma mistura louca, em cada esquina é possível encontrar a tradição ao lado do moderno, o conservador e o 'proibido' – conta.
: As praias paradisíacas encantaram Camila
Para quem gosta da boa cozinha, a gastronomia tailandesa é um prato cheio. A riqueza dos seus ingredientes, o requinte da apresentação, a criatividade e o exotismo fazem dela uma das mais ricas do mundo. A mistura de sabores e aromas chamou a atenção da jovem.
– Antes de mais nada tudo que se come lá é bem exótico para nós, mas diferente do que muita gente me pergunta as pessoas não vão se deparar apenas com ensopados de algum bicho estranho e que pareça intragável. A culinária deles é baseada em frutos do mar, carne de porco, frango, massa e muita fritura. Apesar de diferente é muito boa e tem várias opções para comer sem morrer com a pimenta. Sugiro o Pad Thai um prato típico e barato, trata-se de uma massa feita de arroz e dá para escolher as opções com frutos do mar, porco, frango ou vegetais, tem um gosto agridoce muito bom.
Camila fala que na terra das ilhas paradisíacas, os hábitos são bem diferentes dos ocidentais e que o povo tailandês encanta pela originalidade de seus costumes e pelo estilo de vida.
– Eles têm por hábito fazer as refeições em uma espécie de prato fundo sentados no chão. Na maioria dos lugares você tem que tirar o calçado para entrar e se você não tira eles te olham de cara feia. Eu mesmo cometi este erro. Para eles o animal de estimação queridinho é o gato e o cachorro por lá é só um figurante, diferente daqui.
A gravataiense ficou admirada com os templos dourados e o culto budista. Por ser o único país do sudeste asiático que não foi colonizado pelos europeus, a devoção por lá ao budismo é extrema, prova disso é que existem quase 30 mil templos.
– Em cada ruazinha, na frente das lojas entrada das casas tem um altar com oferendas. Além disso, por lá eles tem rei e príncipe e estão estampados nas cédulas de dinheiro. Fotos e estátuas estão por toda parte e desrespeitá-los com gestos ou mesmo que com uma palavra mal dita é comprar uma briga feia com os tailandeses.
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País recebe 20 milhões de estrangeiros
A variedade de templos, lojas, praias paradisíacas e o preço convidativo fazem da Tailândia um destino turístico bem interessante, mas por se tratar de um país em desenvolvimento com grande pobreza, muitas pessoas ficam receosas de ir pra lá. Camila salienta que não é preciso ter medo, pois os tailandeses são muito cordiais e não economizam nos sorrisos.
– Essa foi minha primeira viagem internacional e fui sozinha. Gostei muito da experiência. Não me senti deslocada ou ameaçada, pelo contrário me senti respeitada. Claro eu procurava sempre manter uma postura e também evitava ir em locais mais desertos sem muita gente. Mas fiz passeios sozinha por algumas ilhas e foi super tranquilo, não senti medo e achei um lugar bem seguro.
A jovem conta que entender o tailandês, a língua oficial do país, é uma missão quase impossível mas se você souber o inglês básico, já é suficiente para se comunicar e se virar por lá.
– O Tailandês é uma língua muito difícil nem bom dia saia certo, mas a opção para os turistas é o inglês. Lá eles falam o idioma acompanhado de um sotaque asiático, mas nada de desesperador, você vai entender e conseguir o que deseja numa boa – brinca.
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Lugar dos sonhos
Segundo Camila a Tailândia agrada todos os turistas, independente se é o viajante de mochilão ou o que gosta de passar com todo luxo e conforto. O país oferece opções de alimentação, hospedagem e transporte para todos os bolsos. Camila reforça que o destino é barato para se viajar, conta com paisagens naturais exuberantes, belas praias, festas alucinantes e uma cultura rica:
– Lá é muito diferente daqui. O clima, a música convidativa de cada lugarzinho ideal para sentar e comer algo, a alegria e o colorido. Tudo é enfeitado, decorado com muita paciência, são várias opções do que fazer, é um lugar que parece final de semana todo dia.
Camila, que ficou duas semanas na Tailândia, conta que com tanta coisa para ver e fazer, precisaria de mais tempo para aproveitar tudo. Ela dá dicas do que você não deixar de fazer ao visitar o país.
– Não dá para deixar de andar no Tuk Tuk um transporte bem típico estilo um triciclo. É super emocionante eles andam como uma bala por aquele trânsito louco. Eu sugiro no mínimo quatro dias na capital e depois as belíssimas praias ao sul do país. Indico também contratar na praia mesmo aquele famoso barquinho que eles chamam de Long Tail e explorar as ilhas começando pela Monkey Island. Quase surtei ao chegar e ver aquele monte de macaquinhos vindo te recepcionar, eles vivem soltos naquela ilha linda. São muito fofos, mas cuidado: são malandrinhos e se der bobeira eles levam o que podem.
: Os turistas são recepcionados pelos macacos na llha de Monkey Island
: Andar de Tuk Tuk é uma das aventuras
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