3º Neurônio | redes sociais

O novo cupido do Facebook para os solteiros

Mark Zuckerberg, executivo-chefe do Facebook, durante a conferência F8, realizada nesta semana em San José

Facebook Dating: assim funcionará o novo cupido inteligente. Rede social quer formalizar a paquera entre usuário que já acontece nessa plataforma. O Seguinte: recomenda e reproduz a reportagem do El País

 

Os primeiros indícios datam de fevereiro, quando os testes vazaram. Nesta semana, na conferência F8, foi mencionado e teve sua dinâmica apresentada, mas só em meados deste ano se poderá, de um jeito mais formal, fazer algo que já acontecia no Facebook: paquerar.

A rede de Mark Zuckerberg continua empenhada em manter os usuários sob o seu guarda-chuva. Analisa por onde eles fogem, e tenta oferecer o mesmo dentro de seu jardim. O Facebook Vídeo é a resposta ao YouTube. O MarketPlace, à explosão do Wallapop. O Workplace, contra o Slack. O Date pretende que o usuário deixe de ir ao Match se estiver a fim de algo a mais do que um romance rápido. E essa é justamente a chave do seu lançamento.

O Facebook tem mais de 200 milhões de perfis que declaram publicamente estar solteiros.

– O Facebook Dating quer ajudar a construir relações de longo prazo, que reflitam a maneira como as pessoas se conhecem no mundo real, através das experiências em comum – diz uma fonte da rede social.

Quando começar a funcionar, cada usuário poderá criar um novo perfil no Dating, separado do habitual. As atividades feitas aqui não serão compartilhadas com os amigos e não serão publicadas no feed de notícias, o lugar onde aparecem as novidades. O perfil de paquera, aliás, só mostrará o primeiro nome.

O Facebook promete ser cuidadoso com isso.

– Você não verá nada dos amigos que já têm, eles não poderão aparecer como pares potenciais dentro do Dating. Ao mesmo tempo, os amigos do Facebook que entrarem na zona de relacionamentos tampouco verão você – explicou um especialista do Facebook durante sua conferência.

Quando for implantado, os usuários terão a opção de desbloquear o acesso a eventos individuais ou de grupo para chegar a potenciais parceiros. Para evitar mal-entendidos e erros, a caixa de mensagens também será separada. Será mais simples. Não vai se misturar com a atual, e impedirá o compartilhamento de fotos e links quando a conversa inicial for estabelecida.

O processo de adesão promete ser muito mais simples do que o habitual no setor dos relacionamentos amorosos, em que muitas perguntas pessoais são feitas para que o algoritmo possa conhecer melhor a psicologia do candidato. Neste caso bastará dar o nome, para explorar os grupos e eventos que o aplicativo sugerir. O Dating não precisa fazer perguntas adicionais, pois já conhece bem o seu perfil.

O Facebook não quer derrotar o Tinder. Longe disso. Poderia tê-lo comprado ou copiado. Como ocorreu no caso do Snapchat, cuja aquisição fracassou, mas a empresa de Menlo Park pegou sua essência e a transformou no Stories. Primeiro como integração no Instagram, e agora como vetor de crescimento em todo o seu ecossistema. O Facebook poderia ter se inspirado no deslizar para a esquerda ou para a direita como forma de aceitar ou rejeitar, algo que o Tinder pôs na moda, mas preferiu apostar em relações potenciais por afinidade. A companhia quer que as identidades sejam reais, verazes. Por isso o matchespontâneo faz menos sentido quando associado a pessoas em comum, interesses e dados relativos ao cotidiano. O Facebook está a caminho de ser, cada vez mais, o equivalente ao passaporte digital.

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