Vem aí uma lei para acabar com as raves realizadas em território da aldeia dos anjos. Pelo menos foi o que anunciou a secretária municipal do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Luana Krumberg, na última reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Gravataí, realizada na quarta passada (6/12).
A secretária disse que são várias as reclamações recebidas pela Prefeitura de moradores vizinhos às áreas nas quais são realizados estes eventos, geralmente com a concentração de milhares de jovens e de longa duração, às vezes até mais de 24 horas, iniciando no sábado e só acabando no final da tarde de domingo.
As queixas vão desde o som elevado até os danos causados nas propriedades lindeiras, alta concentração de veículos em estradas vicinais, portanto com pequena capacidade para receber um tráfego intenso de automóveis, mas principalmente ao consumo de bebidas alcoólicas e produtos entorpecentes.
Luana citou como exemplo a rave em que morreu afogado um jovem de 21 anos, no interior de Gravataí, no final de setembro passado. O incidente se deu durante a festa e o jovem, de 21 anos, teria tirado a roupa e se jogado em um açude após se envolver em uma confusão e ser retirado do local pela segurança contratada.
— A Prefeitura negou alvará para a realização da festa já que vários itens exigidos não estavam sendo contemplados. A organização ingressou com um pedido de liberação via liminar que acabou sendo acatada pela Justiça, que autorizou a festa e deu no que deu — disse Luana.
Na opinião da secretária de Desenvolvimento Econômico, se a Prefeitura tivesse liberado a realização desta festa em que morreu o jovem, toda a imprensa e a comunidade teriam criticado a postura e ‘condenado’ a administração municipal.
— Mas como foi a liberação foi da Justiça, ninguém falou nada – criticou.
Luana não deu detalhes da lei que está sendo elaborada mas adiantou que deve ser encaminhada para votação na Câmara de Vereadores a curto prazo. A intenção é ter uma lei que regulamente estes eventos, proibindo que eles aconteçam em território municipal ou tornando a realização praticamente impossível diante do volume de exigências a serem cumpridas pelos organizadores.
— Enquanto não tem lei a Justiça não tem como se nortear e acaba liberando estas festas. Tendo toda uma regulamentação o Judiciário terá no que se apoiar para vetar um pedido de liminar — disse nesta segunda (11/12) com exclusividade para o Seguinte: uma fonte do primeiro escalão do governo municipal.