Enquanto ativistas protestavam agora há pouco em frente ao Pampa Safari contra decisão judicial que libera o ‘abate sanitário’ de cervos, equipes de fiscalização da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Gravataí (FMMA) e do Grupamento Ambiental da Guarda Municipal iniciaram, em cumprimento à solicitação do Ministério Público, um inventário da situação dos animais abrigados no parque no Km 11 da RS-020 que já foi o maior safari da América Latina.
Para o inventário dos animais foi utilizado equipamentos com visibilidade de longa distância, como Drone, assim como levantamentos de campo.
– Iremos fazer, também, a contagem das espécies mantidas no Parque para controle e acompanhamento do que está ocorrendo com eles – afirma o biólogo e doutor em ecologia Jackson Müller, diretor -presidente da fundação.
– Como órgão fiscalizador e licenciador ambiental do município acompanharemos dia a dia a situação dos animais, para que seus destinos sejam definidos por alternativas com critério técnicos.
A Promotoria de Gravataí expediu recomendação para o secretário estadual de Agricultura Ernani Polo (que é o unico responsável por expedir ordem e guias para abate) para que não autorize a morte de nenhum animal por não existir comprovação efetiva de doença. Sem exames conclusivos, o secretário e os proprietários do Pampa poderão ser responsabilizados administrativamente e criminalmente por maus tratos.
Em 24 de agosto, a FMMA emitiu notificação fiscal para suspensão imediata de remoção e do abate de animais, sob pena de aplicação de multa ao parque. Neste momento, essa medida casada com a ação do MP é o que está adiando a matança dos cervos, após o desembargador Armínio José Abreu Lima da Rosa, da 21º Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, cassar nesta quarta, Dia dos Animais e do padroeiro São Francisco de Assis, a liminar do juiz João Ricardo dos Santos Costa, da 16ª Vara Cível do Foro Central de Porto Alegre, concedida dia 24 de agosto em ação popular movida pela deputada estadual Regina Becker – também ativista da causa animal e que entrou com agravo de instrumento para tentar reverter a decisão.
– Vamos resistir. É uma provocação essa decisão no Dia dos Animais e a 13 dias da audiência de conciliação marcada pela Justiça – disse há pouco a ativista Gelcira Teles, em frente ao muro construído nas duas últimas semanas em frente ao Pampa Safari.
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