Ainda não há expectativa sobre quando deve acabar a greve do funcionalismo da Prefeitura de Cachoeirinha mas, pelo menos, já iniciaram as reuniões em que o governo e o Sindicato dos Municipários (Simca) negociam um denominador comum capaz de colocar fim ao movimento.
Ontem o secretário de Governança e gestão, Juliano Paz, assinou documento entregue ao presidente do Simca, nomeado uma comissão de negociação pela Prefeitura, pedindo que o sindicato indicasse nomes para negociar pela entidade e chamando para a primeira reunião na tarde de hoje.
Por um lado, o sindicato começou exigindo a revogação das medidas aprovadas pela Câmara de Vereadores no dia 24 passado cortando vantagens agregadas ao salário dos servidores. De outro, a administração municipal negou a possibilidade de revogar o chamado ‘pacotaço’ do prefeito Miki Breier (PSB).
— Se nos apresentarem alternativas que nos permitam alcançar a economia de R$ 1 milhão como projetamos com estas medidas, vamos considerar, conversar, quem sabe… — deixou no ar há pouco o secretário Juliano, em conversa com o Seguinte:.
Pacotaço rechaçado
A Prefeitura continua pregando a necessidade de enxugar salários como forma de recompor a saúde financeira do Município e viabilizar a manutenção dos serviços e, inclusive, o pagamento dos vencimentos do próprio funcionalismo em dia.
Além do ‘pacotaço’ rechaçado pelo Sindicato dos Municipários o município já vem, desde que assumiu em 1º de janeiro, implementando ações com a finalidade de reduzir os gastos em pelo menos R$ 4 milhões ao mês.
— Avançar não é o termo correto para se usar como resultado desta primeira reunião. O importante é que estabelecemos um canal para o diálogo com o Simca e os servidores — afirmou o secretário.
Diante da negativa governamental de revogar as medidas como quer o Simca, seus representantes ficaram de realizar estudos e elaborar sugestões de economia ao Município. Uma próxima reunião está marcada para a próxima sexta-feira.
Importante:
O Seguinte: não consegui falar com o presidente Guilherme Runge, dos municipários. De forma muito rápida ele disse que estava em reunião e que só poderia atender à reportagem durante a noite.
Comunidade
A população de Cachoeirinha já está sentindo, sim, os efeitos da greve dos servidores municipais, admitiu no secretário de Governaça e Gestão, Juliano Paz.
— Uma greve causa prejuízos à sociedade, sempre. Por isso é que pedimos a compreensão dos servidores. Nós apelamos, até, para que possamos manter os serviços — disse Juliano.
A economia
A Prefeitura quer realinhar as finanças (economizando e aumentando receita) na ordem de R$ 4 milhões. Como?
– R$ 2 milhões – aumento da arrecadação e revisão de benefícios e concessões fiscais.
– R$ 1 milhão – redução de gastos através de medidas administrativas como redução de secretarias e corte no número Cargos em Comissão (os CCs) e servidores em Funções Gratificadas (FGs).
– R$ 1 milhão – ´pacotaço’ – com corte nas vantagens – aprovado dia 24 de fevereiro na Câmara.