Em caso de nova eleição, nem muita DR deve salvar o casamento PSB-PSDB.
– Passou o 2 de outubro, somos tucanos – diz, enigmático, o vereador Beto Pereira, que foi o candidato a vice de Anabel Lorenzi (PSB).
– Cumprimos nosso papel, mas uma nova eleição muda tudo – admite o liberal que, antes da coligação com os socialistas, pragmática e distante ideologicamente, tentou articular sua indicação a vice do prefeito Marco Alba (PMDB).
Estresse que levou à saída do partido do governo, onde o atual vice-prefeito Francisco Pinho e o PSDB não tem mais nenhum cargo.
– Olha como são as coisas – Beto sorri – Se a aliança do Marco com o Pinho tivesse sido repetida o prefeito estaria reeleito.
– E isso não é suposição, é matemática – diz Beto, mostrando quatro folhas com os resultados eleitorais do PSDB, PEN e PTN, partidos sob o comando de Pinho.
– Fizemos 15,5 mil votos que, somados aos 33,5 mil do Marco, lhe dariam a eleição com 49 mil votos.
Daniel Bordignon (PDT), vencedor nas urnas e cujos votos ainda precisam ser validados pelo TSE, fez 45,3 mil votos.
– Arrisco a dizer que poderíamos ter feito 18 mil votos, se ainda ocupássemos cargos no governo. Aí, seriam 51,5 mil, a mesma votação da chapa Marco e Pinho em 2012.
Beto não fala sobre o futuro, ainda.
– Temos que esperar a decisão do TSE sobre esse mico que Gravataí está pagando por não ter prefeito ainda.
Pelo que o Seguinte: apurou nos bastidores, o PSDB está dividido. Beto prefere uma reaproximação com Marco. Pinho, com Levi Melo. Ele próprio já teria conversado com João Portella, presidente do PSD.
Com Anabel, ao que parece, já deu divórcio.
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