A bióloga Constância Ayres, da Fiocruz Pernambuco, fez uma descoberta inédita que tem o potencial de proporcionar um salto no conhecimento dos cientistas sobre o vírus Zika, e mudar radicalmente a estratégia brasileira de prevenção dele.
Ayres conseguiu encontrar, pela primeira vez, pernilongos carregando o vírus na natureza.
A Fiocruz anunciou oficialmente que o mosquito Culex quinquefasciatus, conhecido como muriçoca ou pernilongo doméstico, também pode transmitir o vírus que causa microcefalia e malformações em bebês.
Até então, cientistas acreditavam que o mosquito Aedes aegypti era o principal vetor do vírus no Brasil. Agora, de acordo com Ayres, os cientistas precisam determinar qual das duas espécies é a mais importante na epidemia de Zika no Brasil.
Durante o anúncio, a Fiocruz afirmou que, até que se compreenda a importância do pernilongo na epidemia, a política de controle da Zika continuará focada no Aedes aegypti.
Mas dependendo dos resultados, seria necessária uma "mudança radical" na atual estratégia atual de controle da epidemia, afirma a pesquisadora.
– Não existem estratégias de controle do Culex no Brasil. Isso vai ter de mudar radicalmente – diz.
O Seguinte: recomenda a leitura na íntegra da entrevista à BBC Brasil, onde Ayres esclareceu a dúvidas sobre o andamento da pesquisa e as implicações de sua descoberta. Clique aqui