“Somente nos primeiros meses deste ano mais de 120 Bilhões de dólares foram investidos em empresas voltadas ao metaverso!” Siga o terceiro artigo do Silvio Teixeira
Se você entrar no google e procurar na área “notícias”, especificando o filtro para mostrar apenas as notícias das últimas 24h, não importa o dia e hora que faça isto, sempre verá muitas notícias novas sobre o Metaverso. Fiz isto neste exato momento em que escrevo aqui e descobri que neste domingo, dia 10 de julho, o Hackathon, evento que cria desafios para programadores e que está em sua 5.ª edição, irá ser realizado em formato híbrido, pois estará também dentro do metaverso. Você pode torcer o nariz, mas os fatos são incontestáveis.
De acordo com o relatório “Value Creation in the Metaverse”, este ano já o investimento já supera 120 Bilhões de dólares (mais do que o dobro do investimento do ano passado, que foi de 57 bilhões) em empresas voltadas ao metaverso. No início deste mês a Hashdex lançou oficialmente o ETF (fundo de índice) de metaverso, o META11, na bolsa de valores brasileira (B3), enquanto isso o Banco central já anunciou a criptomoeda brasileira, o Real Digital, que deve começar a circular já a partir de 2023. Precisa manter os olhos e ouvidos fechados para não entender que esta revolução é irrefreável.
Porque não se fez isto antes?
A ideia de um metaverso não é nova. Antes do modelo atual, tivemos outras tentativas de criar um metaverso, a mais famosa dela, sem sombra de dúvida, foi o “second life”, criado no ano de 2003 e que parecia ser uma revolução, já que compartilha com alguns dos princípios que atualmente acompanham o metaverso. Este que vos fala aqui teve muita paciência com as antigas conexões discadas e com computadores de processadores e memórias que são inferiores a qualquer celular atual. Isto resultava em travamentos e lentidão que destruíram toda a experiência que se poderia ter. Ainda que a evolução de hardware tenha chegado, muitos outros problemas impediram a disseminação do Second Life, que era de propriedade da empresa Linden Lab, criadora da moeda digital Linden para ser usada dentro deste universo, poderes demais para ser centralizado por uma empresa. Não à toa que o sistema atual só funciona porque ele tem como característica a descentralização da web3 (assunto de uma próxima matéria), que diferente do que muitos pensam, não se trata de uma evolução de velocidade, processamento ou transferência de dados, mas de uma garantia e segurança de um sistema descentralizado, onde todos tem acesso a tudo com uma transparência que impossibilita qualquer tipo de fraude (e isto é algo para entendermos quando falarmos sobre blockchain).
Com outras tentativas, nunca tivemos o envolvimento massivo das maiores empresas do planeta, muito menos com os investimentos bilionários que vêm sendo feitos. Os investimentos nas empresas que têm uma relação direta com o metaverso dispararam, e esta é uma área ainda delicada, pois por mais certo que seja o fato deste universo está consolidado, algumas empresas podem estar entrando apenas para surfar o momento e se retirar assim que alcançarem seus objetivos financeiros, risco destinado apenas para quem é da área financeira.
A tecnologia chegou no ponto onde este passo se tornou uma realidade possível, que dirá em 10 anos ou mais, e por isto é que agora é a hora de tomar o “bonde da história”.
E o que eu preciso para entrar colocar minha empresa no Metaverso?
Uma coisa é ser usuário desta plataforma, outra coisa é ter uma empresa funcionando. Além disto as especificações tanto para um quanto para outro vai mudar buscando agregar novas iniciativas e aumentar o conforto para o usuário. Atualmente o usuário faz uso do óculos de realidade virtual, cujo modelo mais usado é o “Quest 2” da Meta (ex-facebook), que foi lançado em 2020, e a Meta já está em estágio avançado de desenvolvimento com um modelo novo, o que deve fazer com que o Quest 2, que custa atualmente cerca de R$ 2400,00 tenha uma queda de preço sensível. Outras empresas, como a Apple, Valve e Disney estão em pleno desenvolvimento de suas versões, todas buscando uma versão menor e mais leve do que os 503g atuais do quest 2. No caso da Disney foi feito o registro de patente de um sistema de realidade virtual sem o uso de óculos, muito embora esta deva ser uma versão destinada para uso corporativo dentro dos parques Disney, ao menos por hora.
Aliás, será que todo óculos de realidade virtual permite entrar no metaverso? É sobre isto que será a nossa próxima matéria, mas já vou adiantando aqui para evitar que faça algum gasto indevido, a resposta é não.
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Tudo sobre Metaverso: Primeiros Passos
Na próxima matéria
Óculos de realidade virtual, quais os equipamentos disponíveis, vantagens e desvantagens, que aplicativos podem ser necessários, como adquirir e como começar a usar.