Pesquisador João Cezar de Castro Rocha alerta para as consequências de ‘processo de lavagem cerebral’ alimentado por engajamento em torno da desinformação e de teorias conspiratórias. Recomendamos a entrevista publicada pelo Estado de Minas
Para o pesquisador e professor João Cezar de Castro Rocha, o Brasil assiste à consolidação das condições para a instauração de um estado totalitário fundamentalista religioso. Este é o propósito da extrema-direita brasileira, que compartilha as mesmas estratégias de seus aliados transnacionais: o uso das plataformas de mídias digitais para a produção da dissonância cognitiva coletiva, um Brasil paralelo, que fratura a espinha dorsal dos valores verdadeiramente cristãos e democráticos. É a opinião de Castro Rocha, ensaísta e professor titular de literatura comparada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), autor de “Guerra cultural e retórica do ódio” (Editora Caminhos).
– Está acontecendo diante dos nossos olhos. E há dezenas de milhões de brasileiros que parecem não compreender o perigo. E muitos desses brasileiros e brasileiras são pessoas que nós conhecemos, alguns são nossos parentes, não são pessoas más, cuja índole pudesse suspeitar que apoiariam o que está ocorrendo. É um processo de lavagem cerebral coletiva, é um processo de criação de dissonância cognitiva coletiva – afirma o professor.
– Nunca estivemos numa situação tão grave na história da República. Estamos hoje no Brasil em 1913, do filme alemão “A fita branca” (de Michael Haneke), a geração que, posteriormente, participou da ascensão do nazismo. Estamos vendo pessoas que conhecemos e respeitamos, e jamais imaginamos que pudessem ser cúmplices de um projeto totalitário de poder – salienta o professor.
Como estudioso da extrema-direita no Brasil, que avaliação faz dos resultados das eleições presidenciais?
Do ponto de vista pessoal, Jair Bolsonaro não é vitorioso, é sobrevivente do primeiro turno: foi o grande derrotado e primeiro presidente de toda a história da Nova República que, buscando a reeleição, não passou ao segundo turno em primeiro lugar. Por outro lado, do ponto de vista político-partidário, o bolsonarismo foi vitorioso com a eleição para o Senado de Damares Alves, no Distrito Federal, Marcos Pontes, em São Paulo, e Hamilton Mourão, no Rio Grande do Sul, entre outros nomes. Isso quer dizer que, se em 2018 Bolsonaro elegeu grande número de parlamentares, governadores e senadores, em 2022, quem sustentou Bolsonaro foi o bolsonarismo. Isso exige compreender que alguns valores bolsonaristas se enraizaram na sociedade brasileira.
Qual é o projeto político da extrema-direita no Brasil?
Criar as condições para instaurar um Estado totalitário e fundamentalista, do ponto de vista religioso. E a estratégia para alcançar esse propósito passa pela midiosfera digital e a produção de dissonância cognitiva coletiva. No Brasil, a dissonância cognitiva coletiva tornou-se esteio de um projeto político totalitário, o bolsolavismo, que mira a despolitização da pólis, desviando com falsas e abjetas notícias o debate dos temas que realmente importam. O Brasil é um laboratório mundial de criação metódica de realidade paralela. O que a extrema-direita tem feito no plano da política é a despolitização do debate público para avançar o projeto político totalitário – de eliminação completa do adversário ou do outro que resiste – em algumas circunstâncias, mesmo teocrático. E como isso se realiza? Produzindo a dissonância cognitiva coletiva pela instrumentalização da midiosfera extremista. Por que as redes sociais são o sal da terra para a extrema-direita? O que se trata é trazer para o campo da política o alto nível de engajamento das redes sociais. Ora, qual é a finalidade da eterna guerra cultural da extrema-direita? Não é mudar o voto do campo adversário! Estão preocupados unicamente em aumentar a presença nas redes sociais, com conteúdo abjeto, absurdo, pois essa presença pode se materializar em votos, capturando o campo dos indecisos. Quando isso acontece de forma vertiginosa? Na véspera das eleições, faltando poucos dias. A dissonância cognitiva coletiva é uma temível máquina eleitoral pela transferência para a política da alta intensidade de engajamento das redes sociais. É um engajamento em torno da desinformação e de teorias conspiratórias. Na imi- nência do segundo turno das eleições, a midiosfera extremista transformou-se em uma usina sórdida de desinformação e seus artífices incorrem nos mais variados tipos criminais como se não houvesse amanhã.
O que diz a bibliografia internacional sobre a dissonância cognitiva?
O psicólogo social norte-americano Leon Festinger publicou, em 1957, um clássico chamado “Uma teoria da dissonância cognitiva”. Acrescento ao conceito da dissonância cognitiva de Festinger a perspectiva coletiva, que está associada à capacidade da produção de conteúdo das redes sociais. Dissonância cognitiva é um desconforto subjetivo causado pela consciência da distância entre crenças e comportamentos, ocorre sempre que há uma distância entre aquilo em que acreditamos e a maneira pela qual nos comportamos. Não há ser humano que não viva com certo grau de dissonância cognitiva. Diz Festinger que, quando essa dissonância cognitiva começa a incomodar, torna-se gritante e muito óbvia, há mecanismos para reduzir a dissonância cognitiva. São dois mecanismos principais, e você verá neles o próprio bolsonarismo e a extrema-direita de uma forma pervertida. Diz Festinger: o famoso exemplo do médico que fuma, ninguém melhor do que ele saberá que o tabagismo faz mal à saúde. Então, o que faz ele? Ou ele recusa fontes que demonstram cientificamente que o tabagismo é maléfico, ou, pelo contrário, só busca fontes que amenizam essa informação. Ou você recusa informação que contraria a sua crença, ou você busca informação que reforça o que você já pensava. É a própria midiosfera extremista. Agora aqui a coisa fica mais complexa, pois diz Festinger que sempre agimos para reduzir a dissonância cognitiva, não para aumentá-la ou cristalizá-la. Então, o que está acontecendo com o bolsonarismo é a cristalização, a consolidação de um Brasil paralelo.
O que caracteriza o fenômeno no Brasil?
As pessoas que voluntariamente se submetem à midiosfera extremista estabelecem um pacto: somente se informar na midiosfera extremista; nunca aceitar outra fonte. Então, não há mais possibilidade objetiva de se demonstrar que há erro nessas informações, porque todas as outras fontes de informação foram desqualificadas e vedadas. Hoje, no Brasil, contamos com dezenas de milhões de brasileiros e brasileiras – e como diz Mário de Andrade, brasileiros e brasileiras como nós – que estão vivendo na ilusão, estão realmente convencidos de todo conteúdo dessa usina de desinformação, dessa máquina tóxica de produção de conteúdo com base em fake news e teorias conspiratórias, que domina a midiosfera bolsonarista. Para dizer de forma mais simples: essas pessoas estão vivendo numa dimensão paralela. Tenho uma hipótese na qual que estou trabalhando em um livro para o ano que vem. O bolsonarismo, como fenômeno de massa, enraizado em diversos setores da sociedade, é a manifestação no Brasil de uma onda transnacional que levou a extrema-direita a conquistar o poder por meio do voto em várias partes do mundo. A extrema-direita está à frente em relação ao campo progressista no que se refere à compreensão profunda da forma própria do mecanismo do universo digital. O que ela tem feito? É a inédita criação da dissonância cognitiva coletiva deliberada, por meio de um conteúdo coordenado, estrategicamente produzido para desinformar e fazer circular teorias conspiratórias e fake news. O universo digital e as redes sociais possibilitaram isso e não é casual o fato de que o principal instrumento de divulgação da extrema-direita bolsonarista sejam as redes sociais e plataformas digitais.
O que ocorre quando a pessoa que vive nessa dimensão paralela é confrontada pela realidade brutal da vida, que contradiz a narrativa dominante desta midiosfera?
Em 1956, Leo Festinger publicou o livro “When prophecy fails” (“Quando a profecia fracassa”), que responde à sua pergunta. Ele trata de um caso que aconteceu em Chicago, em 1954, quando uma pacata dona de casa, Dorothy Martin, começara a receber supostas mensagens de extraterrestre de um planeta chamado Cla- rion. Em torno de Martin foi formada a Fraternidade dos 7 Raios, que acreditava no conteúdo das mensagens, que anunciava que, em 21 de dezembro de 1954, ocorreria um dilúvio de proporções bíblicas que destruiria boa parte da Terra. Contudo, um disco voador pousaria no quintal de Martin e resgataria aqueles que atendessem ao seu chamado. Festinger e pesquisadores associados conseguiram se infiltrar na seita. Na anunciada data, em 21 de dezembro de 1954, os adeptos da fraternidade foram ao jardim da casa de Martin. A madrugada chegou e o disco voador não pousou. Mas, em 22 de dezembro de 1954, o que aconteceu? Martin anunciou ter recebido novas mensagens do planeta Clarion e voltou com uma informação alentadora para os adeptos da seita: o dilúvio não acontecera porque a quantidade de energia positiva concentrada pelos integrantes da fraternidade sustara o dilúvio. Em outras palavras, em lugar de a profecia fracassar, o fracasso da profecia foi racionalizado e os adeptos da seita se tornaram salvadores do mundo.
Que analogia pode ser feita entre esse caso de 1954 nos Estados Unidos e os eventos de massa convocados pelo bolsonarismo, com a promessa de execução de golpes contra as instituições democráticas, como o movimento de 7 de setembro, que não se concretizam?
O que aconteceu em Chicago é o bolsonarismo a que assistimos hoje. Os adeptos da Fraternidade não abandonaram a suas convicções, muito antes pelo contrário, racionalizaram o fracasso da profecia e dobraram a aposta, considerando ter sido a sua ação que teria prevenido a ocorrência do dilúvio. A última frase do livro de Festinger é espantosa e inaugura uma radicalidade para a qual o próprio Festinger não estava preparado, mas que explodiu no século 21: “Eventos conspiraram para oferecer aos membros da seita uma oportunidade verdadeiramente magnífica para que crescessem em números. Tivessem sido mais efetivos, e a fracassada profecia poderia ter sido o começo, não o fim”. A publicidade gerada pelo malogro da profecia teria permitido converter o insucesso em fator de crescimento, em uma fase inédita de expansão da fraternidade, em lugar de seu desaparecimento, o que só não ocorreu por não terem sido muito efetivos. Festinger conclui: “Um homem convicto é resistente à mudança. Discorde dele, e ele se afastará. Mostre fatos e estatísticas, e suas fontes serão questionadas. Recorra à lógica, e ele não entenderá sua perspectiva”. Se você acrescentar a essa certeza paranoica o caráter coletivo da poderosa midiosfera da extrema-direita, temos o caos cognitivo transformando-se em realidade alternativa. É o que vivemos no Brasil hoje.
Se argumentos objetivos não são assimilados pelos participantes da midiosfera extremista – e o filme “Não olhe para cima” representa bem esse fenômeno –, o que pode ser feito para recuperar a perspectiva comum dos fatos na sociedade?
É possível demonstrar, objetivamente, que uma parte considerável da campanha bolsonarista é baseada em erro. Mas se permanecermos na chave do erro objetivo, nunca compreenderemos o fenômeno. Para compreendê-lo, é preciso resgatar uma distinção entre “erro” e “ilusão” que Freud propôs em ensaio de psicologia social muito importante, “O futuro de uma ilusão”. Erro está no campo do objetivo e pode ser demonstrado. Mas, diz Freud, o importante para compreender a sociedade não é o erro; o importante é a ilusão, a projeção de um desejo. Quando estou diante da ilusão, pouco importa se posso demonstrar para a pessoa iludida que, do ponto de vista objetivo, há um erro. Dessa forma, um homem que se casou três vezes, porque sistematicamente trocou a esposa mais velha por outra mais jovem; um homem que, no seu último filho homem, teria concordado com o aborto ou deixado a questão para a decisão da mulher; um homem que foi incapaz de visitar um único hospital quando nos aproximamos de 700 mil mortos; um homem que nunca, nem simbolicamente, foi à casa de uma pessoa com parentes vítimas de Covid para expressar solidariedade, um gesto de compaixão. E ainda riu, imitou de maneira satânica uma pessoa morrendo asfixiada. E ainda assim os cristãos mantêm a ideia de que ele protegerá a família cristã, a própria família que ele não soube manter. Então, não estamos no plano do erro, mas no plano da ilusão, a primeira hipótese. Trata-se da projeção de um desejo. E o desejo é de que as teorias conspiratórias e as fake news que circulam na midiosfera extremista, e que são confirmadas, por exemplo, pela Rádio Jovem Pan, sejam a verdade.
Como é o processo de cooptação e manutenção das pessoas dentro dessa midiosfera extremista?
A midiosfera extremista é poderosa máquina de desinformação, talvez a maior da história da humanidade. É composta por cinco elementos: as correntes de WhatsApp; o circuito integrado de canais de Youtube com capacidade tóxica de desinformação; as redes sociais; aplicativos como o Mano, cujo garoto-propaganda é Flávio Bolsonaro; e um aplicativo do Facebook, a TV Bolsonaro, O que se produz 24 horas, sete dias por semana, é conteúdo audiovisual de adesão incondicional a Bolsonaro. E há um quinto elemento, que é muito grave; como metonímia do processo, cito a Rádio Jovem Pan. Por esse veículo, todas as teorias conspiratórias e as fake news que circulam na midiosfera extremista são legitimadas, são validadas, porque são reproduzidas nesse veículo fora da midiosfera. Bolsonaro passou boa parte de seu governo atacando instituições democráticas, universidades, professores, a ciência, a imprensa e jornalistas. Líderes populistas atacam instituições e o conhecimento porque buscam, nes- se processo, se beneficiar da transferência da autoridade simbólica dessas instituições e pessoas que trabalham com a informação e o conhecimento. A transferência de autoridade está bem trabalhada por Freud no clássico “A psicologia das massas e a análise do eu”, de 1921, em que descreve a relação de submissão das massas a um líder ao qual se atribui autoridade infalível e que há nessa submissão um aspecto libidinal, ligado ao prazer. No caso de Freud, o líder é uma espécie de imã, o que implica subordinação da massa. Isso certamente é modelo perfeito para se pensar uma sociedade em que havia um centro emissor de conteúdo e uma massa receptora passiva de conteúdo. O modelo freudiano, de 1921, é interessantíssimo para pensar e antecipar de maneira notável o que ocorreu com o nazismo e o fascismo. Neste momento em que vivemos há uma diferença fundamental: hoje, o modelo de um centro irradiador para uma multidão receptora e passiva não dá mais conta da complexidade do presente. Há uma outra chave, um pouco diferente. Assim como a extrema- direita mundial, o bolsonarismo no Brasil investe numa campanha de conteúdo e microdirecionamento digital. Nesse sentido, de fato, é equívoco imaginar que as redes sociais sejam horizontais, pois as grandes plataformas fazem o papel do elemento verticalizador: determinam a lógica do algoritmo e as políticas aceitáveis de comportamento no interior das redes. Então, imaginar algo exclusivamente horizontal seria ingênuo, pois não estaríamos levando em consideração o poder que as grandes corporações e plataformas têm. Além disso há, no interior da midiosfera, a circulação sem cessar de produção audiovisual que difunde o sistema de crenças bolsolavista, com exortação incessante aos golpes de Estado e à eliminação física de adversários, entre outras teorias conspiratórias. Os integrantes compartilham e reproduzem horizontalmente esse conteúdo estrategicamente elaborado com as suas redes.
Quais são as semelhanças em relação à forma de operação da midiosfera bolsonarista com outros populistas da extrema-direita mundial?
Nas décadas iniciais do século 21, o grande fenômeno político foi o avanço transnacional da extrema-direita pelo voto, empregando as mesmas narrativas retóricas. Não se trata mais de uma extrema-direita que conquista poder pela botina e pelo tanque, mas que, na primeira eleição, chega ao poder seduzindo o eleitorado e conquistando corações e mentes. Uma vez no po- der, a extrema-direita passa a enfraquecer e corroer as instituições democráticas. É a mesma estratégia de argumentação e conteúdo que foi usada por Rodrigo Duterte, nas Filipinas; por Donald Trump, nos Estados Unidos; por Viktor Orbán, na Hungria; por Andrzej Duda, na Polônia; por Jair Bolsonaro, no Brasil. Então, existe certo nível de coordenação. Steve Bannon, antes de ser preso por ter feito rachadinha ou rachadão com dinheiro arrecadado numa campanha chamada We build the wall, criou o The Movement, uma espécie de internacional da extrema-direita. Viajou a vários países da Europa fazendo seminários e conhecendo lide- ranças jovens para organizar ações combinadas e programadas. A extrema-direita transnacional conta com apoio maciço das megaplataformas e do capital internacional. Por que ela tem sido tão poderosa nas duas primeiras décadas do século 21? Porque aprendeu a combinar o incombinável: a verticalização com a horizontalidade. Combina uma estrutura das redes digitais que, na aparência do exercício cotidiano, é horizontal, mas é verticalizada tanto na produção do conteúdo quanto na configuração dos algoritmos que definem o seu alcance. Essa é a força da extrema-direita no mundo e da extrema-direita bolsonarista. Hoje, o bolsonarismo, assim como a extrema-direita transnacional, criou uma profissão: o MEI (microempreendedor ideológico): há muitas pessoas ganhando dinheiro com radicalização política em seus canais no YouTube.
Como recuperar a consciência coletiva no Brasil?
O Brasil vive uma situação grave, nunca estivemos numa situação tão grave na história da República. E a analogia final que faço: estamos hoje no Brasil em 1913, o ano do filme “A fita branca”, que retrata a futura geração que viverá a ascensão do nazismo. Estamos vendo pessoas que conhecemos e respeitamos, e ja mais imaginamos que pudessem ser cúmplices de um projeto totalitário de poder. O Brasil precisará de pelo menos uma década para tentar remediar o malefício causado pelo ensinamento da retórica do ódio e da ló gica da refutação de Olavo Carvalho, que tornam o debate impossível. Vamos enfrentar dezenas de milhões de brasileiros e brasileiras enredados numa rea lidade paralela. Vamos ter de trabalhar muito.
Sobre João Cezar de Castro Rocha
O ensaísta João Cezar de Castro Rocha é professor titular de literatura comparada da UERJ e pesquisador do CNPq. Graduado em história e mestre e doutor em letras pela UERJ, fez um segundo doutorado em literatura comparada na Stanford University, EUA. Realizou estudos de pós-doutorado na Freie Universität e na Princeton University. Recebeu, em 2014, o prêmio Ensaio e Crítica Literária da Academia Brasileira de Letras, e, em 1998, o Prêmio Mário de Andrade da Biblioteca Nacional. É editor-executivo da revista Portuguese Literary & Cultural Studies, publicada pela University of Massachusetts-Dartmouth. Foi fellow da Universidade de Winsconsin, do Centre for Brazilian Studies da Universidade de Oxford, do St. John’s College da Universidade de Cambridge e da Beinecke Library da Universidade de Yale. Também ocupou a Cátedra Machado de Assis da Universidad del Claustro de Sor Juana, México. Autor de 13 livros, entre os quais “Guerra cultural e retórica do ódio”, é também organizador de mais de 30 títulos. Seu trabalho já foi traduzido para o mandarim, alemão, espanhol, francês, italiano e inglês.
“Guerra cultural e retórica do ódio: Crônicas de um Brasil pós-político”
(Caminhos Editora e Livraria, 2021)
“Evolução e Conversão – Diálogos sobre a origem da cultura”
(com René Girard e Pierpaolo Antonello; É Realizações, 2011)
“Culturas shakespearianas – Teoria mimética e os desafios da mímesis em circunstâncias não hegemônicas”
(É realizações, 2017)