MOISÉS MENDES

Por que não haverá outros Bolsonaro

Bolsonaro é um vexame mundial. Foi o único presidente que não conseguiu se reeleger desde a redemocratização.

Até Collor, se não tivesse irritado a elite econômica e a Globo e sido obrigado a renunciar, poderia tentar a reeleição com sucesso.

Bolsonaro é o déspota mundial que ficou menos tempo no poder, mesmo tendo sido eleito. É fascista amador e trapalhão.

Vai ter que passar a faixa para quem ele definiu como ex-presidiário. Bolsonaro desqualificou um adversário que o venceu e provou que o desqualificado é ele mesmo.

Bolsonaro foi saqueado pela direita do centrão e assim, comprando apoio com dinheiro grosso, permitiu que quase todos os saqueadores se elegessem como nunca aconteceu antes.

Magno Malta voltou ao Senado. Até o Astronauta e Zé Trovão se elegeram, e Bolsonaro foi derrotado e ficará sem mandato e sem a proteção das imunidades que que o deixaram impune até agora.

Quando achou que o blefe do golpe poderia ser testado pela última vez, viu os militares saltarem fora e ganhou apoio apenas de caminhoneiros do zap.

Considerava-se o homem de Deus, a quem se referia com intimidade, e foi abandonado por Deus.

No fim, viu Lula exaltar Deus, ao comemorar a vitória, no que talvez tenha sido a maior crueldade de um vencedor contra um perdedor. Deus está com Lula.

Bolsonaro é um ogro bagaceiro, a tartaruga que subiu na cerca. Será abandonado, como são todos os perdedores sem capacidade de sobrevivência em ambientes hostis.

Ele sabe que apenas prestou um serviço, na empreitada mais suja da democracia brasileira em todos os tempos, e que será descartado.

Não há como ganhar uma segunda chance, e não há como o Brasil ter um segundo Bolsonaro. O Nordeste não vai deixar. Nem Deus. Deus agora é nordestino.

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