Foi preciso parir uma bigorna para vencer a Suíça. Sim, e já era previsto! Os problemas de armação saltam às vistas jogo após jogo.
Sem laterais ofensivos ou volantes construtores, dificilmente haverá futebol de alta performance. É preciso buscar alternativas.
O cenário mudou um pouco com o ingresso de Bruno Guimarães que, embora alguns erros de passe, se credencia para seguir ao lado do herói da tarde-noite Casemiro. Contra retrancas, volante pisando na área: bola na rede!
Somos um time de uma nota só! Ataque somente pelo lado canhoto e refém do brilho individual de Vinícius Júnior. Novidade nos últimos meses antes da Copa, o gaúcho Raphinha não tem honrado as chances que recebe no lado direito de ataque.
O ingresso de Antony poderia suprir duas carências: elevar o poder de articulação do time — mesmo atuando aberto pelo flanco — e aumentar nosso repertório ofensivo, finalmente colocando o lado direito no mapa de calor da equipe. Éverton Ribeiro também seria boa alternativa.
Sem Neymar, temos dois mundos a serem administrados! Um com flores e chocolates e outro osso duro de roer. Qual você prefere primeiro?
Tudo indica que estejamos curados da Neymardependência! Dispomos de valores individuais que são protagonistas nos grandes centros do Planeta Bola. Na estreia, Richarlison, que atua na Inglaterra, roubou a cena. Contra a Suíça foi a vez do 12º jogador do Real Madrid brilhar: Rodrygo com y.
Agora, o lado negativo da ausência do camisa 10! Somos menores sem ele. O polêmico e paradoxal craque — fora de campo — ainda está muito além de seus promissores colegas. Inegavelmente! Sem ele, deixamos a prateleira dos Favoritos e recebemos o crachá dos Competitivos.
No comando ofensivo, o insistente 0 x 0 gritava por um camisa 9 no estilo de Pedro do Flamengo. Novamente, porém, ingressou Gabriel Jesus para “oxigenar” nosso ataque. Naturalmente, sua jornada foi discreta. Erro de leitura maiúsculo da comissão técnica!
Militão na camisa 2 foi seguro e preciso. Frente a crise técnica sem precedentes nas laterais, continua sendo “meu titular”. Como mecânica, porém, o segundo volante e o ponta precisam aproveitar a liberdade para elevar a ação ofensiva e reequilibrar o time.
Alô, Bruno Guimarães e Antony.
Alô, Tite!
Alô, deuses da Bola!
Precisamos do futebol de Neymar. O sonho do Hexa passa diretamente pelo menino da Vila — gostemos dele ou não!