RAFAEL MARTINELLI

Gravataí na mira de gigante chinesa para instalação de polo tecnológico

A chinesa Huazhong CNC (HCNC), uma das líderes globais em máquinas de comando numérico, robótica industrial e equipamentos para a Indústria 4.0, analisa a instalação de uma unidade produtiva em Gravataí, que é terra da General Motors, um dos principais clientes da ‘inteligência das máquinas’. O prefeito Luiz Zaffalon recebeu na sexta-feira, em seu gabinete, executivos da empresa que avalia expandir operações no Brasil.

Cercado por secretários de diferentes áreas, Zaffa destacou as vantagens logísticas do município, a 15 minutos do Aeroporto Internacional Salgado Filho (Porto Alegre) e com acesso a rodovias estratégicas como a BR-290 e ERS-118.

– Eles já conheciam nossas potencialidades de cor. Como sempre digo: Gravataí é a melhor cidade para investir e morar – contou ao Seguinte: o prefeito, que apresentou leis de incentivo fiscal e casos de agilidade em licenciamentos aos executivos chineses Li Zhengxin e Xu Ran, diretores de vendas internacionais das divisões de máquinas e CNC da Huazhong CNC, além de representantes da operação brasileira, Petronilho Ramos e Weslley Ramos.

As conversas ainda são bastante preliminares: não se fala em prazos, montante de investimento e número de empregos, mas a presença da GM, que consome semicondutores e planeja até 2028 investir R$ 4 bilhões (parte em veículos elétricos), é um trunfo presente.

Uma gigante chinesa em expansão

Fundada em 1994 e vinculada à Universidade de HUST, a Huazhong fatura cerca de US$ 350 milhões anuais, com crescimento médio de 10-15%. Embora não esteja entre as top 10 globais, é uma das líderes na China, beneficiada pelo plano Made in China 2025.

Seu foco em custo-benefício e parcerias em mercados emergentes explica a investida no Brasil, onde já atua via distribuidores e participa de feiras do setor.

– Joguei o espinhel. Se beliscar, eu fisgo – é a brincadeira que sempre faz o prefeito, como sobre a negociação sigilosa para investimento bilionário da Tellescom em fábrica de semicondutores.

Resta essa nova isca tecnológica lançada no oceano de investimentos projetados pela China no Brasil.


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