ASSISTÊNCA SOCIAL

Como Gravataí observou dificuldades e fortalece rede de apoio para mães solo

Diante da identificação de uma fragilidade significativa na rede de apoio enfrentada por mães que criam seus filhos sozinhas, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Centro promoveu ações específicas voltadas para esse público nos dias 28 de maio e 5 de junho. As atividades, realizadas no espaço do Centro da APAE, no coração da cidade, tiveram como objetivo central aproximar os serviços públicos dessas mulheres, esclarecer dúvidas cruciais e garantir seu acesso à informação e aos direitos fundamentais.

A iniciativa partiu de observações feitas pela estagiária da Secretaria Municipal da Família, Cidadania e Assistência Social (SMFCAS), Clara Rayssa, durante seus atendimentos individuais e coletivos no Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF). A recorrência das demandas e dificuldades relatadas por mães solo evidenciou a necessidade de uma intervenção qualificada.

“As mães solo já passam por uma grande dificuldade em criar os filhos sozinhas. Então, a rede e a SMFCAS, juntamente com os CRAS, têm essa preocupação e buscam qualificar e orientar da melhor forma possível, dando uma atenção especial para essas mulheres que são verdadeiras guerreiras em carregar um fardo tão pesado ao longo da vida”, destacou o secretário municipal Leandro Ferreira, enfatizando o compromisso da pasta com esse grupo.

As oficinas, viabilizadas pela parceria com a APAE, que cedeu o espaço, foram cuidadosamente estruturadas em dois encontros, abordando temas críticos para a autonomia e o bem-estar das participantes:

Primeiro encontro (28 de maio):

  • Conselheira Tutelar Liege: Desconstruiu a visão punitiva do Conselho Tutelar, destacando seu papel protetivo e seu compromisso inabalável com os direitos da criança e do adolescente.
  • Lisiane (Casa Lilás): Abordou os diferentes tipos de violência contra a mulher (física, psicológica, patrimonial, moral, sexual) e reforçou a importância vital de buscar apoio institucional para romper o ciclo intergeracional da violência.
  • Ana Paula (Cuidadora Social do CRAS Centro): Defendeu o retorno à vida escolar como um caminho fundamental para conquistar autonomia, reconhecendo que muitas mães tiveram que abandonar os estudos para dedicar-se aos filhos.

Segundo encontro (5 de junho):

  • Defensora Pública Cristiana: Esclareceu aspectos essenciais do Direito de Família, como os procedimentos para requerer pensão alimentícia, definir guarda e convivência familiar, e formas de regularizar essas situações de forma gratuita através da Defensoria Pública.
  • Defensor Público Felipe: Detalhou direitos fundamentais à saúde e educação, incluindo acesso a vagas escolares em todas as etapas (infantil ao médio), fornecimento de medicamentos de alto custo não disponíveis no SUS, agilização de consultas, e o direito a órteses, próteses e leites especiais.
  • Equipe eMulti (Assistente Social Anelise e Nutricionista Jaqueline): Promoveram uma mostra de empoderamento e geração de renda, exibindo trabalhos artesanais de mulheres atendidas pelo grupo da USF Itatiaia, e explicaram os objetivos e como acessar os serviços do programa eMulti, que visa o desenvolvimento de habilidades e autonomia econômica.

As ações representam um esforço concreto do CRAS Centro e da SMFCAS para fortalecer a rede de proteção social, oferecendo informações, orientação jurídica e social, e mostras de alternativas de geração de renda, reconhecendo os desafios específicos enfrentados pelas mães solo e buscando apoiá-las em sua jornada. 

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