política

Fernando Deadpool de volta à base do governo Zaffa?; Vereador lembra o ’Norte Via Sul’ da Sogil

Deadpool com Zaffa em 15 de abril, quando o prefeito transformou em lei projeto do vereador que reconhece a prática da atividade física e do exercício físico como essencial em Gravataí

Os mais antigos em Gravataí vão lembrar que a Sogil tinha uma linha ‘Norte via Sul’. Reputo é o vereador Fernando Deadpool (DEM).

Mais jovem da Câmara, o político estreante com 2.162 votos assedia vereadores para voltar à base do governo Luiz Zaffalon (MDB), de onde saiu após o acidente político que sofreu de seus seguidores no Grande Tribunal das Redes Sociais após aprovar em março o subsídio de R$ 5 milhões para a concessionária que explora o transporte coletivo, o que tratei em artigos como Fernando Deadpool saiu do grupo; Vereador de Gravataí desligou-se de WhatsApp da base de Zaffa e Vereador arrependido em Gravataí: Deadpool quer voltar a ser Juliette; O Pequeno Príncipe e a ’pauta-bomba da Sogil’.

Deadpool não vai para o União Pelo Brasil, que surgirá da fusão de seu DEM com o PSL, o que lhe permitirá trocar de sigla sem perder o mandato por infidelidade partidária.

O partidão, que será um dos mais ricos em fundo partidário do país, nos bastidores está sob controle de Cláudio Ávila, que, em articulação com o presidente estadual Luiz Carlos Busato, secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano de Eduardo Leite (PSDB), vai indicar seu chefe de gabinete Humberto Reis como presidente municipal, além de pessoas ligadas a ele para a direção, como os conselheiros tutelares Paulo Cesar Koch de Aguiar e Liege do Santa Rita, e Odair Goulart, do Acorda e do Alô Gravataí.

Foi justament o líder da bancada, que já empregou amiga de Deadpool em seu escritório de advocacia, o responsável por vetar a filiação no PSD. Ávila se aliou a Bombeiro Batista e, sob ameaça de saírem do partido e da campanha de Dimas Costa a deputado estadual os vereadores convenceram o presidente municipal a não seguir a negociação, que revelei em Vereador Fernando Deadpool vai para PSD de Gravataí; Namorada nomeada para CC de Leite.

O caminho de Deadpool deve ser o Cidadania, da deputada estadual Any Ortiz, que nesta semana conversou com o prefeito Luiz Zaffalon, que fez poker face para a possibilidade de retorno do vereador à base do governo – não conseguir apurar ainda se em troca da indicação da companheira como CC da Prefeitura.

Quatro políticos confirmaram o interesse do vereador. Já Deadpool deixou no vácuo mensagem que enviei a ele nesta sexta. Não disse sim, nem não, ao ser confrontado com a informação de que poderia ir para o Cidadania e voltar à base do governo Zaffa.

Reputo perceptíveis, nos discursos do vereador nas sessões da Câmara, evidências do descolamento da oposição. Ele sempre pede para não se incluído no “vocês”, quando, por exemplo, o líder do governo Alison Silva (MDB) se refere à oposição.

Conhecendo o oráculo político de Zaffa, que é seu Grande Eleitor, Marco Alba, já imagino o ex-prefeito dizendo:

– Tem que ver com os guris – se referindo aos 15 vereadores da base governista, alguns descontentes com o colega por “expor a Casa”, como já tratei em artigos como Na estreia, Fernando Deadpool detona vereadores de Gravataí; Não pode nomear a namorada, Clube de Amigos da Câmara de Gravataí: ’Vossa Excelência lave a boca!’; Do ’caguei para CPI’ à ameaça e cassação de vereadoresFernando Deadpool age como um Boca Aberta de Gravataí; Um vereador a cliques da perda do mandato.

Os grandes testes para o interesse de Deadpool podem ser a eleição para presidência da Câmara, cujo acordo do governo deve eleger o Policial Federal Evandro Coruja, mesmo com risco de impedimento que alertei em Presidência da Câmara de Gravataí: processo ameaça eleição de vereador policial federal; ’Não falo com imprensa marrom’, e a votação do ‘SUS do transporte coletivo’, no qual a Prefeitura, para reduzir a tarifa em R$ 1, vai bancar as gratuidades a um custo de até R$ 3,6 milhões.

Além, é claro, da CPI da Sogil, assinada por Deadpool e que depende do apoio de apenas mais um vereador para ser instalada.

Não vislumbro, porém, simpatia do prefeito ou motivos para o governo aceitar o vereador. Zaffa tem não só a maioria de 11 em 21, mas 15 votos que lhe garantem os dois terços do quórum qualificado necessário para votações de emendas à Lei Orgânica, aprovação de contas dele e do ex-prefeito, além de barrar CPIs ou impeachments, por exemplo.

Ao fim, na política, o comportamento do ex-vendedor de pão e estudante de educação física é um ‘Norte Via Sul’. E, fato que, aconteça o que acontecer, o vereador vai cuspir no prato que não comeu – servido pela oposição ou pelo governo.

 

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