Dos Grandes Lances dos Piores Momentos: a polêmica da vez em Cachoeirinha não é o desempregado, o mendigo na calçada, a sopa de osso para a criança ou gasolina a R$ 6. O babado são story e tuíte postados pelo prefeito.
Miki Breier (PSB) publicou no Instagram: “se não dá para resolver com um abraço, uma conversa, sexo selvagem ou vinho, então de fato é um problema”.
Foi atacado com tesão.
Aí usou o Twitter: “Fiz uma postagem no Instagram que falava sobre sexo e, para meu espanto, muitos ficaram surpresos. “Nossa, o prefeito também transa!” Oi?”.
Foi atacado com ainda mais volúpia.
Fato é que Cachoeirinha está tomada por gente tóxica. São garotos de programas online, influencers de esquina, CCmaníacos em abstinência e pessoas ressentidas que não ficam felizes por estar felizes, mas sim por ver os outros infelizes. Para os talibãs do Grande Tribunal das Redes Sociais nem transar mais pode. Político então, castre!
Ainda não consegui medir se é para rir ou chorar. Prestei-me a analisar perfis dos indignados e não achei a mesma paixão para com meio milhão de mortos e outras coisas talvez desimportantes como a pobreza e ameaças à democracia.
Alguns dos críticos já foram amantes políticos de Miki, hoje talvez descornados porque ganharam blocs – no bolso, inclusive. Mas, se está tão ruim assim o governo, culpa carregam pela brochada.
Lembrou-me ‘Somebody That I Used To Know’, de Gotye.
Ao fim, o que um político fala ou posta tem peso. A força das palavras mata, testemunhamos diariamente. Não curti, por exemplo, em meio à pandemia Miki ter postado vinho caro quando comerciantes perdiam o fôlego com os boletos chegando e seus negócios fechados. Mas reputo cruel tirar o humor das pessoas em suas redes sociais, sejam públicas ou não, desde que não firam ninguém.
Espero a dona Vanessa me perdoe a linguagem grosseira, mas às vezes são os únicos signos compreendidos por alguns: feio seria Miki estar usando dinheiro público para “comer gente”, como já confessou o deprimente da república.
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