Com a presença de Luiz Carlos Bohn, presidente da maior entidade do setor, a Fecomércio, a deputada estadual Patrícia Alba (MDB) instalou a Frente Parlamentar em Defesa do Comércio e Serviços, em cerimônia no Salão Júlio de Castilhos, do Palácio Farroupilha, que você acessa clicando aqui.
Além de braço pioneiro da Assembleia Legislativa para o empresariado participar do debate sobre a retomada econômica no pós-pandemia, é principalmente um bunker contra o aumento de impostos.
Já no discurso de posse a deputada criticou o governador Eduardo Leite (PSDB) por “esquecer” a promessa de campanha de não prorrogar a elevação da carga tributária em itens essenciais de consumo.
Patrícia Alba não seguiu o partido e votou contra a manutenção do aumento no ICMS, o que tratei em artigos como Como deputada de Gravataí vai votar projeto de aumento de ICMS; O doce sabor da oposição e Acerto e erro de Patrícia Alba em sua primeira polêmica na Assembleia.
– A competividade do setor, e por consequência, o desenvolvimento do estado, depende de mudanças estruturais na matriz tributária. Queremos mais liberdade de atuação, menos burocracia, e um estado menos pesado – disse, trazendo para a Frente o debate sobre uma reforma tributária, que conforme ela terá uma proposta alternativa apresentada a partir da colaboração de “um time de especialistas” na área.
A ex-primeira-dama de Gravataí, usando exemplo do governo do marido Marco Alba, que reduziu impostos ao alterar indicador para contribuintes e empreendedores, também avalia que o governo se acomodou nas medidas emergenciais do Ministério da Economia, “ao permitir que o empresário, sem acesso a socorros, fizesse malabarismos para não fechar o mês no vermelho e ainda convivesse com o rótulo de propagador do vírus”.
Ao fim, é um recado de Patrícia Alba ao governador de que não está sozinha na crítica caso as alíquotas não reduzam em 2022. O setor reunido na Frente colabora com 51,7% do PIB gaúcho e gera quase 1,7 milhão de empregos formais.
É o que acontece quando se comete uma meia verdade em questões delicadas, como fez Eduardo Leite em relação às finanças gaúchas durante a campanha do ‘levanta a bunda da cadeira’.
Meias verdades sempre tem uma parte mais próxima da mentira. Vendeu o paraíso, o mundo entregou o inferno da pandemia e ele restou cometendo um estelionato eleitoral, como também o fez o governador no caso da privatização da Corsan, e tratei em Privatização da Corsan: Patrícia Alba ’pega na mentira’ o governador; Deputada de Gravataí vota contra ’Pix ilimitado’ para vender a estatal.
Já Patrícia, que ao contrário da maioria de sua bancada, que politicamente está no bolso de Leite, experimenta o doce sabor de ser oposição.
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