O governo Miki Breier corre contra a sujeira nas ruas para contratar emergencialmente uma empresa para fazer a limpeza urbana, após suspender por ordem judicial o contrato com a SKM, consequência da Operação Proximidade que investiga suspeita de corrupção suposta ocorrida desde 2017 em contrato de R$ 1,5 milhão mensais.
Neste momento, conforme nota divulgada pela Prefeitura apresentando medidas tomadas após a ação do Ministério Público, e vídeo divulgado há minutos pelo prefeito, Cachoeirinha está sem serviço de limpeza das ruas e conservação de logradouros públicos.
Como tratei na manhã desta terça em MP faz operação em Cachoeirinha por suspeita de corrupção no lixo; Do secretário afastado à CPI do Fantástico ou Zorra Total, o Ministério Público deflagou operação na sede da Prefeitura, apreendeu o celular do prefeito, pediu e levou o afastamento do secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos Léo Charão e também cumpriu mandados de busca e apreensão na empresa e na casa de empresário do lixo na Paragem Verdes Campos, em Gravataí.
Conforme os investigadores, que seguem rastro de CPI feita pela Câmara em 2020, o contrato da Prefeitura com a empresa paranaense SKM Empreendimentos, que teria gestores próximos ao secretário Leo Charão, teria indícios de que 45% dos valores contratados teriam sido desviados. Promotores apontam que as irregularidades aconteceriam supostamente desde 2017, primeiro ano de gestão de Miki, que foi reeleito ano passado.
O que causou estranheza ao prefeito durante a apreensão de seu celular foi que ele próprio procurou o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado, ainda em 2020, para levar a documentação relativa aos contratos analisados e se colocar à disposição para esclarecimentos.
– Sempre estivemos de portas abertas aos órgãos de controle e fui pessoalmente ao MP. Quem tem algo a esconder não faz isso – disse o prefeito, em vídeo.
– Confio no MP e na Justiça para a verdade ser reestabelecida. Tenho compromisso com Cachoeirinha e não com o erro. Se houver alguma irregularidade serei o primeiro a adotar medidas – acrescentou.
Assista ao vídeo e, abaixo, sigo.
Representantes da empresa e o secretário afastado não se manifestaram à reportagem. Miki designou o vice-prefeito Maurício Medeiros para assumir a secretaria alvo da ação.
Siga na íntegra a nota divulgada pela Prefeitura.
“…
Diante de operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), realizada nesta terça-feira (1), averiguando a contratação de serviços de limpeza, a Prefeitura de Cachoeirinha reafirma seu compromisso com a transparência e o respeito ao cidadão.
Assim sendo, esclarece que:
1. Sempre esteve à disposição dos órgãos de fiscalização e controle para todo tipo de esclarecimento e informação. Por iniciativa própria – diante de questionamentos surgidos no Legislativo Municipal –, o prefeito procurou o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado, ainda em 2020, para levar a documentação relativa aos contratos analisados e colocar-se à disposição das instituições.
2. O mesmo zelo seguirá sendo a tônica da atuação da Prefeitura, que está colaborando de modo irrestrito com a promotoria responsável pela averiguação.
3. Acatando decisão judicial, o secretário municipal citado pelo MPRS foi afastado. O prefeito determinou que o vice-prefeito, Mauricio Medeiros, assuma a pasta, reforçando a clareza nos atos.
4. O prefeito também determinou a abertura imediata de processo de contratação emergencial de nova empresa para prestar os serviços de limpeza urbana, conservação, manutenção de próprios e logradouros públicos. O atual contrato está suspenso por decisão judicial. A prioridade do município é garantir que os cidadãos não sejam prejudicados com a ausência desses trabalhos nas ruas da cidade.
5. A Prefeitura seguirá trabalhando para que os fatos sejam esclarecidos e adotará as medidas que forem necessárias, de acordo com as decisões da Justiça e sempre com foco no interesse público."
…”
Ao fim, reputo acerta Miki em mostrar a cara e falar sobre a polêmica.
Concluo da mesma forma que o artigo desta manhã: mantenho a cautela de sempre. Aguardemos a investigação do Ministério Público. Fato é que no Grande Tribunal das Redes Sociais é 3,2,1… para Miki já restar condenado.