Prática velha, caso novo

CANOAS | Deu na TV: ex-secretário é investigado por pedir parte do salário de assessor

Reportagem do Grupo RBS denuncia, ainda, tentativa de coação de testemunha em processo sobre rachadinha

Dias difíceis para o ex-secretário de Diversidades e Comunidades Tradicionais, Rogério Tigre. Demitido e centro de uma sindicância na prefeitura que invetiga a denúncia de assessor que o acusa de exigir parte do salário, uma prática conhecida como 'rachadinha', viu seu caso exposto em praça pública, ontem, 5. O assunto foi parar no RBS Notícias em reportagem do jornalista Giovani Grizzoti. E, claro, terá desdobramentos.,

 

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Rogério é filho de Paulinho do Odé, ex-vereador em Canoas, e foi indicado na composição de governo para a pasta da Diversidade depois de disputar a eleição de 2020 para Câmara pelo PL. Ligado às comunidades de religiosas de matriz africana e ex-conselheiro tutelar, Tigre também indicou assessores que passaram a atuar com ele na pasta. Em meados de março, um deles denunciou que o então secretário teria lhe pedido parte do salário. A explicação que o assessor deu à RBS é de que o valor serviria para saldar dívidas de campanha e preparar a próxima, em 2024. 

Durante a reportagem, o repórter ainda flagra a namorada de Rogério Tigre supostamente tentanto fazer com que o ex-assessor mudasse seu depoimento, o que poderia facilitar a defesa do ex-secretário.

Todos os envolvidos no episódio, inclusive o assessor que denunciou a prática depois de supostamente participar por dois meses do esquema, foram afastados de seus cargos na prefeitura  assim que o governo tomou conhecimento do caso. Também há uma denúcia regristrada na Polícia Civil a respeito. 

Rogério Tigre diz que o pagamento que o assessor deveria fazer, na verdade, era para um trabalho religioso. Por suas redes sociais, ele divulgou, após a veiculação da reportagem na TV, um vídeo dizendo que é vítima de perseguição política. "Não existe prova de que eu exigia qualquer valor de pessoas que trabalhavam comigo", diz Rogério, em um trecho do vídeo, que o leitor pode conferir clicando aqui.

A prática da qual Rogério Tigre é acusado, infelizmente, não é nova. Em 2014, um ex-vereador chegou a ser preso em uma investigação comandada à época pelo Ministério Público. Outros dois que também não foram reeleitos estão envolvidos na mesma investigação. Eles eram apontados como beneficiários de um esquema que repassava parte do salário de assessores e até de empréstimos consignados para os políticos.

A sindicância aberta para investigar a conduta de Rogério Tigre deve ser concluída nos próximos dias. Se ficar comprovada a prática da 'rachadinha', ele pode denunciado ao Ministério Público e responder criminalmente por seus atos.

 

 

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