crise do coronavírus

Bandeira vermelha pode fechar comércios em Gravataí e Cachoeirinha; efeito ’pior mês da COVID’

Região Porto Alegre opera com restrições da bandeira laranja, de risco médio, desde 11 de maio

A Região Porto Alegre, a qual pertencem Gravataí e Cachoeirinha, pode ser reclassificada da bandeira laranja para vermelha, neste sábado. É a ‘ideologia dos números’ da COVID-19, que evidencia o Distanciamento Controlado do Governo do RS como um experimento um tanto descontrolado, como tenho sido um crítico solitário em artigos como A real sobre a OMS; aos desinformados, não aos covidiotas!Pior semana da COVID 19 tem mais uma morte, agora em GravataíA primeira morte na pior semana da COVID 19 em Cachoeirinha, O ‘urubu da imprensa’ errou, para menos; contágio em Gravataí cresceu 245 por cento e Aulas presenciais não voltam nem em julho em Gravataí; parabéns, ou só faltaria cabaré.

O próprio governador Eduardo Leite admitiu em sua última live que o modelo é “inédito” e “passa por ajustes” para “proteger a vida e, ao máximo, permitir a atividade econômica”. O prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan já prepara medidas como fechamento de shoppings, grandes empresas, academias e restaurantes. Marco Alba, em Gravataí, e Miki Breier, em Cachoeirinha, enquanto contam recuperados, já começam a discutir com suas equipes possíveis restrições. É, ou era, programado para o dia 15 o retorno de 5 mil trabalhadores ao complexo automotivo da GM.

Não é torcida ou secação, chatos são os fatos, que atrapalham argumentos. Gravataí já tem 85 casos em 12 dias; Cachoeirinha 66. É mais do que todo maio, que já tinha observado um crescimento de 245% em relação a abril e março, quando aconteceram os primeiros registros de infectados nas duas cidades. No total são 167 casos em Gravataí, média de 7 por dia, com 5 óbitos. Em Cachoeirinha, 166 confirmações, média de 5,5 por dia e uma morte.

A ‘pena’ por testar mais em relação à população, a incidência por 100 mil habitantes em Cachoeirinha (119.1) é maior que o ‘epicentro’ gaúcho, Porto Alegre (87.9) e também do que Gravataí (42.6)

São dados alarmantes, já que ainda não chegamos à 25ª semana, projetada por especialistas como início do pior período da COVID-19 no Rio Grande do Sul, que se estende à semana 31, em julho, e pode avançar agosto, contagiando um sistema de saúde que já fica ‘doente’ a cada inverno com a superlotação de UTIs por casos de influenza e problemas respiratórios de uma população exposta ao frio – e envelhecida.

Pelos dados desta sexta no Portal COVID-19 do RS, a taxa de ocupação de UTIs na Região Porto Alegre é de 68.8. Os casos de infectados pelo SARS-CoV-2 é de 14,7. O uso de respiradores 34,2. Importante observar que em junho o percentual de pacientes internados com o novo coronavírus subiu de 9.1 para 10.6 e, hoje, 14,7. O número de pacientes ocupando leitos com outras doenças variou neste mês de 76.7 para 83.6 e, hoje, 81%.

É um dado que precisa de estudo, e pouco achei de literatura além da reportagem da Folha de S. Paulo, mas há no RS o registro de 9 mortes por síndrome respiratória aguda grave para cada óbito por COVID-19, o que pode representar subnotificação ou então uma característica gaúcha.

Uma explicação, ou outra, preocupa. Se há subnotificação, temos nove vezes mais mortes. Se a SRAG é uma característica do RS, o inverno vem aí.

Ouvido pelo Seguinte: na noite desta sexta, o secretário da Saúde Jean Torman disse aguardar a manifestação do governador neste sábado.

– A possibilidade da bandeira vermelha existe.

Ao fim, para saber como ficarão as atividades em sua cidade, caso a Região Porto Alegre seja reclassificada para a bandeira vermelha, siga os protocolos de cada cor do Distanciamento Controlado do RS, clicando aqui.

 

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