No artigo Vereador quer CPI para denúncias de fraude no SUS em Gravataí, publicado pelo Seguinte: em 21 de outubro, revelei o protocolo de CPI para investigar casos de médicos de Gravataí que estariam induzindo pacientes do SUS a fazerem cirurgias em suas clínicas particulares.
O jornalista Eduardo Torres publicou no dia seguinte, e nesta quarta, no Correio de Gravataí, reportagens com prints de mensagens trocadas por médicos e clínicas com pacientes, e depoimento de supostas vítimas.
A sessão desta quinta será termômetro se a matéria de hoje, Duas semanas depois da denúncia, ainda não há investigação contra médicos de Gravataí, dá oxigênio a uma CPI que respira por aparelhos.
São necessárias sete assinaturas; Dilamar tem apenas cinco: ele, Rosane Bordignon (PDT), Alex Peixe (PDT), Wagner Padilha (PSB) e Bombeiro Batista (PSD).
À reportagem, o secretário da Saúde Jean Torman, que também é procurador-geral do município, informou que “o vereador foi oficiado solicitando informações sobre os fatos e profissionais envolvidos”.
– Não nos foi dado conhecimento com mais detalhes sobre o episódio e ainda aguardamos resposta neste sentido para tomar qualquer medida – disse.
No artigo em que revelei com exclusividade o pedido de investigação, observei que “essa é uma ‘CPI do bem’, se em seu curso a investigação não cair na UTI da briga política, já que Dilamar é oposição ao atual governo”.
– Não é CPI política, não é para desgastar governo, é para apurar denúncias gravíssimas de usuários do SUS – garantiu o vereador ao Seguinte:, por intermédio da assessoria.
Caso os vereadores da base não assinem, fica claro que o governo Marco Alba (MDB) parece, às vésperas do ano eleitoral, optar pelo risco zero.
Mas, ao fim, demorou, secretário Jean Torman!, para que se abra uma sindicância para apurar se há uma máfia de médicos extorquindo gente pobre, criando dificuldades para vender facilidades – de olho nos empréstimos consignados.
Se Dilamar não responder a Jean, o que até acho deveria fazer o vereador, as reportagens de Eduardo Torres no CG são um bom começo: na condenação no caso do triplex que mantém Lula a mais de um ano preso numa solitária em Curitiba, uma matéria de O Globo estava entre as ‘provas’ citadas por Sérgio Moro.