opinião

A fumaça e o fogo do PSB no governo Marco Alba

José Stédile e Paulo Silveira, na Secretaria de Obras do Estado

Printe & Arquive na Nuvem.

Regra o Manual da Cobertura Política que, quando políticos não atendem ao telefone, algo está acontecendo.

– Onde há fumaça há fogo – confirma fonte, sob a condição de anonimato, sobre a possibilidade do PSB participar com cargos no governo Marco Alba (MDB) e reforçar a candidatura do sucessor do prefeito em 2020.

Nada a ver com algum sinal de fumaça na visita do presidente dos socialistas em Gravataí, Paulo Silveira, a Jean Torman, fiel secretário do prefeito. O vereador foi à Secretaria da Saúde acompanhar uma comissão de moradores para tratar da falta de médicos na Morada do Vale II.

A conversa vai além. 

Outro vereador, Carlos Fonseca, também estaria seduzido pela idéia, aconselhado por seu padrinho político, José Stédile, presidente estadual licenciado do PSB enquanto ocupa a Secretaria de Obras do governo Eduardo Leite.

De olho numa eventual crise no PSB, o PSDB de Francisco Pinho, que está no governo, já teria acenado com espaço para uma filiação de Fonseca na janela de março que permite a transferência partidária sem a perda do mandato.

Reforçar o time com mais um vereador – o PSDB tem hoje Neri Facin e Mário Peres – faria parte da estratégia de Pinho para indicar o vice, e ele é o nome, para vice do candidato do governo, seja qual for entre aqueles os quais revelei no artigo Cinco homens e um destino, ser sucessor de Marco Alba.

Outro indício é a demora do PSB para assinar a CPI dos Médicos, proposta pelo vereador Dilamar Soares, que revelei com exclusividade no artigo Vereador quer CPI para denúncias de fraude no SUS em Gravataí.

– Já é um sinal para o governo, que deve orientar os vereadores da base a não assinar – diz outra fonte.

O vereator Wagner Padilha, o primeiro a assinar a CPI, já tem cortinas abertas para no ano que vem ser filiado no PDT de Anabel Lorenzi, Daniel e Rosane Bordignon.

Paulo Silveira, de forma mais incisiva, e Carlos Fonseca, de seu jeito mais ponderado, fazem oposição desde o primeiro governo de Marco Alba. Mas a relação entre o PSB e o MDB não é estranha.

Em 2008, o PSB tinha Juliano Paz como candidato a vice de Jones Martins (MDB).

Em 2011, Anabel votou a favor do golpeachment da prefeita Rita Sanco (PT) e do vice Cristiano Kingeski (PT) e, em 2012, Paulo Silveira foi secretário do Orçamento Participativo, no governo tampão de Acimar da Silva (MDB).

Ano passado, MDB e PSB subiram no mesmo palanque, no CTG Aldeia dos Anjos, na campanha fracassada pela reeleição de José Ivo Sartorti, como contei no artigo 10 coisas sobre a foto que mexeu com a política local.

Ao fim, política também é o estreitamento de inimizades.

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