Costumo lembrar à inesquecível falta de memória do eleitor que na política a coincidência nunca foi eleita.
O procurador-geral de Glorinha, Régis Fonseca, visitou o prefeito de Gravataí Marco Alba (MDB), para apresentar termo de cooperação para que os dois municípios concentrem esforços para manter os serviços de acolhimento institucional de crianças e adolescentes.
Agenda institucional.
Mas, fora do palacinho ocre da José Loureiro da Silva, um outro tipo de acolhimento parece estar em curso.
É a ‘Operação Dr. Levi’.
Explico.
Régis é pupilo de Levi Melo (PRB).
Marco quer Levi por perto em 2020.
De fato, Régis é do ‘Partido do Dr. Levi’, esteja o médico onde estiver. Mas, de direito, é o primeiro suplente do PSD na Câmara, sigla de Dimas Costa, candidato a prefeito que na eleição do ano passado, quando concorreu a deputado estadual e foi o mais votado na cidade, se licenciou para o amigo assumir.
Régis chegou a ser cotado para vice, como tratei nos artigos O dia em que Régis não foi o vice de Dimas e Aniversário de Ávila; cinco personagens, uma incerteza, mas com Levi voltando ao jogo – diz que é candidato a prefeito – houve um distanciamento entre os dois.
Presente na reunião, o vereador Alan Vieira (MDB) já disse para mais de uma pessoa que gostaria de ver o amigo Régis de volta na Secretaria da Saúde, não por demérito a Jean Torman, procurador-geral que ocupa a pasta, nos documentos oficiais, ainda como interino, e que também estava na reunião, mas pela engenharia política.
Se acontecer, será um sinal de que a parceria entre Marco e Levi, reatada no pleito suplementar de 2017, deve se manter na escolha do sucessor do prefeito nas eleições de 2020.
Sempre discretíssimo, um ‘Grande Arquiteto’ da política na aldeia, Marco não comentou a fofoca. Deixou o jornalista no vácuo em mensagem de WhatsApp.
Ao fim, se non è vero, è molto ben trovato".
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