MOISÉS MENDES

A estranha história do boicote dos roqueiros bolsonaristas ao Ira

Pelotas e Caxias do Sul estão entre as cidades que teriam shows do Ira e foram cancelados. Os ‘últimos acontecimentos’ são o motivo alegado pelos produtores.

Direita e extrema direita não gostaram da posição assumida pelo vocalista Nasi, em show em Minas, contra a anistia para manés e terroristas.

Nasi (o primeiro bem à direita) pediu que os bolsonaristas, que reagiram com vaias, fossem embora e nunca mais voltassem.

Vejam esse detalhe da nota da 3LM Entretenimento, produtora dos shows também em Jaraguá do Sul e Blumenau, ambos cancelados:

“Lamentamos o ocorrido, somos uma produtora com mais de 30 anos de mercado e nosso principal patrimônio é o público, e este deve ser muito bem tratado por nós produtores e pelos artistas, que deveriam subir ao palco apenas para apresentar suas músicas e talentos”.

Uma notinha rasa e reaça, que defende a alienação dos artistas, nos moldes do tempo da ditadura. Que sejam ‘neutros’ em relação ao fascismo.

Como os cancelamentos teriam sido provocados pela devolução de ingressos, o impressionante é como o rock, mesmo o politicamente engajado, ainda atrai reacionários.

É surpreendente que existam tantos bolsonaristas roqueiros em número suficiente para cancelar um show do Ira. É muito estranho.

E a nota ainda fala na ‘desistência de patrocinadores’. Bolsonaristas com dinheiro patrocinavam shows da banda? Ficaram magoados?

O outro detalhe preocupante é esse: quantos artistas antifascistas irão se assustar com essa situação?

O show do Ira em Porto Alegre está programado para 8 de novembro. Os democratas deveriam começar a comprar ingressos e lotar o Araújo Vianna. O link é https://bileto.sympla.com.br/event/102298?share_id=1-copiarlink

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