game of thrones gravataí

A grande estratégia de Marco

Marco Alba vive a política da aldeia desde os anos 80

Marco Alba (PMDB) respira política antes mesmo de ser um dos ‘menudos’ mais famosos do governo Abílio dos Santos, no início dos anos 80.

Conhece como ninguém a política da aldeia, seus caciques e índios.

O pouco – ou nulo – esforço que fez para manter o vice-prefeito Francisco Pinho e seu PSDB no governo pode revelar uma estratégia adotada na campanha pela reeleição.

Se real, é silenciosa e talvez calculada só por Marco e seu travesseiro, porque não se tem notícia de ter sido revelada por ele a alguém.

Seria um movimento que iria além do ouvir roncar os partidos da base de governo – hoje todos eufóricos com o desembarque de Pinho & Cia.

O Seguinte: compartilha com o leitor mais perguntas do que respostas.

 

1.

Ao lavar as mãos para a saída do vice-prefeito do governo, Marco permitiu passivamente o apoio de Pinho a Anabel, o que teve como consequência uma sacudida na candidatura da adversária. Não seria um risco calculado pelo prefeito?

 

2.

Marco já escolheu Bordignon como inimigo nº 1, tanto que preservou Anabel e Levi Melo (PSD) no discurso que fez na inauguração da duplicação da Jorge Amado, por exemplo. Deu indícios de que, em algum momento, aposta numa polarização da eleição entre ele e Bordignon.

 

LEIA MAIS:

Só o Jorge é Amado: em inauguração da avenida, Marco ataca Bordignon e preserva Anabel e Levi

 

3.

Ao ‘engordar’ a adversária, pelo menos neste momento, não estaria Marco evitando que a candidatura de Anabel patine, e votos dela migrem para Bordignon, até agora líder nas pesquisas internas feitas pelos partidos?

 

4.

Ainda dentro dessa estratégia, não estaria Marco apostando que a candidatura de Levi não decola, e é ele quem atrai naturalmente os apoios e votos do médico, já que o PSD nasceu de uma costela do PMDB e foi reforçado por petistas que abraçam até o diabo, desde que ele não seja Bordignon?

 

5.

Mais: não estaria Marco trabalhando também com a projeção de que, caso Anabel não deslanche, Pinho e seu grupo à casa tornem?

Moral da história

 

Por mais caótica que seja a política de Gravataí, há pelo menos duas décadas é regra que Marco está em um extremo, Bordignon noutro.

Hoje, Anabel e Levi ocupam o centro.

Se os mariscos não sobreviverem ao rochedo, e o GreNal de sempre se repetir, como tanto Marco, quanto Bordignon parecem apostar, os votos e apoios de Anabel e Levi decidirão a eleição.

Como voto não evapora, em algum dos dois será depositado.

E a história mostra que esses votos de última hora obedecem a lógica do “se meu candidato não vai ganhar, eu vou votar naquele que evitará que o candidato que eu não gosto ganhe”.

Se o movimento de Marco der certo, ele será chamado grande estrategista. Se não der, Napoleão, com a mão embaixo do casaco, já alertava:

– A vitória tem vários pais, a derrota é órfã.

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