Gravataí chegou neste sábado a 1.086 mortes pelo coronavírus. Dos 283 mil moradores, 39.527 já tiveram diagnóstico positivo. Pelos cálculos da CPI da Covid, a perda de 652 vidas gravataienses poderia ter sido evitada, sem atraso na compra de vacinas.
No Brasil, das quase 700 mil mortes, 400 mil poderia ter sido evitadas conforme fórmula constante no relatório final da investigação feita no Congresso Nacional.
O último levantamento que postei mostrava uma vida perdida a cada 4 dias. Foi há 75 dias, em Um minuto de silêncio: a cada 4 dias, um gravataiense ainda perde a vida para covid.
De lá para cá, registra-se, em média, um óbito a cada 7 dias.
Gravataí fez sua parte: 547.966 vacinas foram aplicadas. 226.583 receberam a primeira dose e 201.135.
O ex-prefeito Marco Alba, que enfrentou o primeiro ano de pandemia, e o atual prefeito Luiz Zaffalon, que começou a vacinar no primeiro dia de chegada da vacina, e precisou abrir leitos quando a covid matava seis gravataienses por dia, no auge entre março e abril de 2021, não foram negacionistas; apesar de no segundo turno desta eleição apoiarem Onyx Lorenzoni (PL) a governador e Jair Bolsonaro (PL) a presidente – ambos políticos que não tomaram a vacina e se revelaram defensores do contágio com a ‘imunidade de rebanho’.
Os quase dois anos distante dos sacos pretos que isolavam vítimas enterradas sem velório, e da imagem assustadora que para muitos se apaga, do container instalado ao lado do Hospital Dom João Becker para armazenas corpos, estimulam alguns a usar o ‘fica em casa’ como pauta eleitoral.
Fato é que, sem as restrições ao comércio, serviços, igrejas e festas, ao qual respeitando a ciência Marco Alba e Zaffa exemplarmente seguiram, poderíamos ter 2 mil mortes em Gravataí, conforme cálculo do neurocientista Miguel Nicolelis – que ao alertar para a necessidade dos ‘lockdowns’ à brasileira, projetava mais de 1,2 milhão de mortos pelo vírus.
Ao fim, a covid-19 está controlada em Gravataí graças à ‘ideologia da ciência’.
Obrigado à excelência da vacinação pela Secretaria da Saúde e a todas as campanhas incentivando os gravataienses a buscar a imunização.
Por justiça, obrigado também ao hoje vilão para muitos: o ‘fica em casa’.