RAFAEL MARTINELLI

A morte de Eliseu Padilha e a lição da gratidão; Marco Alba perde seu ‘pai político’ 

Associo-me ao texto abaixo, produzido pelo jornalista Luiz Fernando Aquino, chefe da Comunicação da Prefeitura de Gravataí, sobre a morte do ex-ministro e a relação com o ex-prefeito de Gravataí Marco Alba que, aí afirmo eu, perde seu ‘pai político’.


O aforismo grego, atribuído a Sócrates, “conhece a ti mesmo” segue sendo a mais desafiadora e transformadora das lições. Nós, em nós, pouco ou nada somos. Não foram poucas as vezes em que ouvi do amigo e ex-prefeito Marco Alba sobre o quanto ele era grato ao ex-ministro Eliseu Padilha. Sempre com emoção. Sempre com a mais profunda gratidão.

Também lembro de quando o noticiário especulava sobre denúncias a respeito do ministro ter ouvido do Marco: “Não me interessa o que digam a seu respeito, ele é meu amigo”. Era mais do que amigo.

Padilha foi quem pavimentou os primeiros passos do Marco na política. Deu-lhe régua e compasso.

Numa dessas campanhas para prefeito, também testemunhei uma ligação do ministro ao Marco. Acabáramos de sair de um debate tenso na TV, com lances covardes do adversário. Com os olhos marejados, me disse o Marco: “Esse é o único que me liga para perguntar se eu preciso de alguma coisa, se está tudo bem”. 

Gratidão, esteio maior da honestidade moral. Eis do que estamos falando. Não há outra medida para o verdadeiro conhecer-se que não passe pelo nosso comportamento em relação aos outros e aos lugares que ocupamos. Seremos sempre extensão de alguém, de uma história, de uma família, de um gesto, de um afago… Isso é o que nos conduz à evolução moral. Conhecer-se é dar o justo lugar do outro em nós.

Hoje, para os que verdadeiramente conhecem o Marco, sabem que é um dos dias mais tristes para ele. Já havia perdido o pai para os infortúnios da vida. Perdeu agora a mão amiga. O abraço fraterno. A fala alentadora.

Me solidarizo com o amigo e irmão Marco. Vai o meu abraço e o da minha família. Se nos reconhecemos nos outros, e se os outros vivem em nós, está aí a razão para crermos no contínuo da vida. Sempre…

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