opinião

A política de Cachoeirinha entre tapas e beijos

A qualidade da foto não é boa, mas mostra o vereador fazendo um ’carinho’ no CC

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, de Woody Allen, é um filme clássico dos anos 80. A política de Cachoeirinha anda assim. Virou caso de polícia até.

O site O Repórter relata em detalhes uma ‘desinteligência’, como se fala no jargão policial, ocorrida durante a sessão da Câmara desta terça, envolvendo Terry Lacerda, CC de Miki Breier e Maurício Medeiros na Prefeitura; a ex-secretária de Cultura Milene Silva, demitida após a instalação do golpeachment contra o prefeito e o vice; e o namorado vereador, Manoel D’Ávila, apontado como uma dos maiores fãs de uma cassação.

Clique aqui e aqui para ler as duas reportagens, e depois retorne ao Seguinte:, que vou comentar.

Analisando do ponto de vista metafísico, é apenas uma manifestação da balbúrdia que provocou na política de uma cidade quebrada e cheia de problemas a ‘molecagem’ – palavras do prefeito – do golpeachment.s

Entre tapas e beijos, tiraram o foco de um governo que começava a mostrar alguma coisa depois de dois anos de penúria, na fumaça do pinote da Souza Cruz e da bomba que é administrar uma folha de pagamento que consumia em 2017 sete a cada dez reais, e hoje melhorou um pouco: precisa de 6, ainda acima do limite dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 54%.

O que isso mexe na vida das pessoas? Cachoeirinha não pode pegar um real de financiamento para fazer obras, que é a única forma que prefeituras conseguem investir – Gravataí, o ‘oasis’ em meio ao deserto de recurso da região metropolitana, contratou R$ 40 milhões, só para ficar em um exemplo logo ali depois da 59.

As câmeras vão mostrar o que aconteceu na sessão, policiais fingirão que deram bola, até porque tem mais o que fazer, mas isso é o que menos importa. Até porque a oposição tem maioria (9 a 8, sendo bonzinho com governo) e mesmo que o selinho dado pelo vereador no CC seja interpretado como um ‘Beijo de Judas’, como descreveu em seu Facebook o sempre bem informado jornalista André Boeira, Manoel não será cassado por quebra de decoro.

Inegável que esse caso passional serve como uma boa ilustração do momento, onde pululam interessados e interesseiros. É o pessoal avançando sobre o público. É a vida pública invadida pelo que se faz na privada. É o povo no fim da fila.

Sinto muito, Cachoeirinha.

 

LEIA MAIS SOBRE A 'SAGA' DO IMPEACHMENT E SEUS PERSONAGENS NA COLUNA DO MARTINELLI clicando aqui.

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