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A tragédia de Suzano pode acontecer aqui?

Familiares e amigos se aglomeraram na entrada da Escola Estadual Raul Brasil em Suzano, na Grande São Paulo. Dois jovens encapuzados mataram oito pessoas no local e cometeram suicídio em seguida. FOTO | Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo

Pelo menos na rede municipal de ensino, não!

A prefeitura de Gravataí está preparada para evitar que casos extremos como o que aconteceu na manhã de hoje (13/3) em Suzano, São Paulo, quando dois jovens armados mataram pelo menos oito pessoas e em seguida praticaram suicídio, aconteçam nas escolas da rede municipal de ensino.

É o que garantiu há pouco o secretário para Assuntos de Segurança, Flávio Lopes, para o Seguinte:, lamentando o episódio paulista. O secretário afirmou que a questão da segurança é prioridade dentro do governo que realiza sucessivos e pesados investimentos nesta área.

Flávio Lopes garantiu que o índice de ocorrências como desentendimentos e até brigas entre alunos não é alto, e que a vigilância das escolas é treinada e capacitada para intervir nestas situações. Inclusive a Patrulha Escolar é acionada quando ameaças entre alunos ou grupos podem resultar em algum tipo de briga após as aulas.

— Dentro das escolas nunca passou do limite da discussão. Até acontecem algumas brigas, mas os vigias estão atentos para agir. E os danos e vandalismos praticados dentro do ambiente escolar também são raros — afirmou.

 

AS AÇÕES

 

1

Todas as 75 instituições de ensino da rede municipal terão cercamento com gradis até o final deste ano.

 

2

Distribuição de uniforme escolar desde 2014 para os quase 30 mil alunos das escolas municipais.

 

3

Todas as escolas com vigias internos, treinados e capacitados para interagir com alunos, professores e funcionários.

 

4

Patrulha escolar, formada por agentes da Guarda Municipal, que atua principalmente no entorno dos estabelecimentos de ensino.

 

5

Todas as escolas com no mínimo duas câmeras de vídeo-monitoramento (algumas tem mais de duas) com acompanhamento em tempo real no Centro de Operações da Guarda Municipal.

 

Uniformes

 

Foi uma das primeiras medidas determinadas pelo prefeito Marco Alba (MDB) com ênfase a segurança, com a justificativa de que são fundamentais para identificar os alunos no acesso às escolas e na comunidade, quando estão nas ruas.

 

Casos raros

 

O secretário afirmou que também são raros os casos de armas encontradas nas escolas, levadas pelos alunos. No ano passado, segundo ele, houve uma situação em que um aluno estava com um revólver, mas foi na rede estadual. Nas escolas do município a última ocorrência do gênero foi uma faca encontrada com um aluno.

 

Cachorros

 

Uma das ações preventivas é a verificação da presença de drogas entre os estudantes. Para isso, a secretaria promove a apresentação de cães adestrados, inclusive com farejadores. Já houve situação em que os animais detectaram vestígios de drogas em uma mochila. A direção acionou os pais do aluno. Os animais também farejam pólvora, podendo apontar a presença de arma ou munição com o aluno.

 

Convivência

 

Já a secretária municipal de Educação, Sônia Oliveira, disse que a questão da segurança é tratada como prioridade pelo governo, e citou as ações elencadas pelo secretário Flávio Lopes, da pasta de Assuntos para a Segurança. Segundo ela, o tema tem viés pedagógico, no que se refere à educação.

— São ações que promovem a convivência harmoniosa, como as de inclusão e combate ao bullying — explicou.

De acordo com a secretária Sônia, especialmente o bullying, prática que pode desencadear ações de violência, até extremadas como a de hoje em São Paulo, ainda acontecem nas escolas. Mesmo assim assegurou que são cada vez mais esporádicos os casos de bullying nas escolas.

— Já houve mais. Atualmente já não é tão comum — afirmou.

 

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A tragédia de hoje

 

Pelo menos 10 pessoas morreram em um tiroteio ocorrido na manhã desta quarta-feira na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. Segundo informações da Polícia Militar, dois jovens usando máscaras com desenhos de caveiras invadiram a instituição e abriram fogo contra estudantes e funcionários.

Oito pessoas teriam sido mortas a tiros pelos atiradores, que logo em seguida teriam cometido suicídio, totalizando as dez vítimas fatais. Seis alunos e duas funcionárias estariam entre os mortos. Os dois jovens estavam encapuzados no momento dos disparos, que teriam ocorrido no intervalo das aulas.

O governo do estado de São Paulo informou que outras 10 pessoas ficaram feridas no tiroteio. Ainda foi cogitada a possibilidade de artefatos explosivos haviam sido deixados dentro da escola. O Grupo de Ações Táticas Especiais foi chamado para fazer uma varredura. 

 

AS VÍTIMAS

 

Marilena Ferreira Vieira Umezo, coordenadora pedagógica

Eliana Regina de Oliveira Xavier, agente de organização escolar

Pablo Henrique Rodrigues, aluno

Cleiton Antônio Ribeiro, aluno

Caio Oliveira, aluno

Samuel Melquíades Silva de Oliveira, aluno

Douglas Murilo Celestino, aluno

Jorge Antônio de Moraes, comerciante, morto antes da entrada dos assassinos na escola. Ele é tio de Guilherme, um dos assassinos

 

Os assassinos são Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25 anos.

 

 

 

 

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